quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
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Emílio: "O ouvido pensante quase ficou de fora" |
A Editora Unesp acaba de vender um lote de 63.203 exemplares de dois de seus títulos para o Ministério da Educação. A obras foram inscritas meses antes pelo gerente de vendas José Emílio Eloys em edital do Plano Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), segmento do professor. Os títulos aceitos são O ouvido pensante (Murray Schafer) e Filosofia da educação Matemática (Maria Aparecida Viggiani Bicudo).
Segundo Emílio, O ouvido pensante quase ficou fora da concorrência – foi considerado um livro de consumo, por ter algumas páginas que podem ser preenchidas pelo leitor: “Tive de convencê-los a aceitar a obra, que no fim foi uma das selecionadas”.
Emílio costuma acompanhar o lançamento de editais e inscrever grande número de títulos em vários programas oficiais todos os anos. Mas raramente colhe resultados, pois o perfil da editora não se encaixa na maior parte desses programas e a concorrência, já enorme, só aumenta, pois cada vez mais editoras se especializam em participar de editais de governo. Mesmo quando aparentemente há boas chances de vencer, vêm decepções. Como aconteceu com o resultado do PNBE temático, que contemplava, entre vários temas, alguns muito bem representados no catálogo da editora, como indígenas. Nenhuma da obras incritas foi selecionada: “Fiquei muito chateado”.
No ano passado, a Editora Unesp entregou 15.800 exemplares de dois títulos para a Fundação para o de Desenvolvimento da Educação (FDE), do governo paulista. Em 2012, a mesma instituição comprou 5.050 volumes de duas obras e, no ano anterior, 21.055 de quatro títulos, entre os quais A aventura do livro (Roger Chartier, 1998).
De acordo com William Agostinho, superintendente administrativo e financeiro da Editora Unesp, a venda é bastane significativa, mas o maior ganho é o de imagem: “Nossos livros e o selo Editora Unesp estarão expostos a 50 mil professores em todo o Brasil”.