Gilberto Freyre continua necessário para entender o Brasil

Unil
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A leitura de Gilberto Freyre poderia ser proveitosa no Brasil de hoje, que institui programas de compensação para negros e questiona de forma mais aberta e abrangente a chamada "democracia racial". Mas a obra do sociólogo, que preferia ser reconhecido como escritor, tem sido pouco visitada. Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, autora, pela Editora Unesp, de Gilberto Freyre - Um vitoriano dos trópicos, entre outros títulos, diz, porém, no programa Grandes Brasileiros, da Rádio Estadão, que é preciso ler ou reler os seus livros, e de forma "desprevenida", sem levar em conta a opinião dos grandes estudiosos de seu legado. A primeira obra de Freyre que ela leu foi Ingleses no Brasil: "Fiquei deslumbrada com o valor que ele dá às pessoas comuns", conta, lembrando que sua geração não lia o sociólogo porque ele apoiou abertamente a ditadura militar. 

Programa Grandes Brasileiros Gilberto Freyre (a entrevista com Maria Lúcia Pallares-Burke começa aos 33 minutos): http://bit.ly/1d3z9dy

*Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, mestre e doutora pela USP, é associada do Centre of Latin American Studies da Universidade de Cambridge, Inglaterra, onde vive. Pela Editora Unesp publicou As muitas faces da História (2000), Gilberto Freyre – Um vitoriano dos trópicos (2005), Repensando os trópicos - Um retrato intelectual de Gilberto Freyre (2009)  e O Triunfo do fracasso (2012).