Lançamentos - Janeiro 2015

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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015


Murphy faz aqui uma extensa investigação sobre o conceito de governança global para demonstrar que ela se impõe há mais de um século nas relações globais por meio da atuação conjunta das organizações internacionais, dos inúmeros dispositivos reguladores – formais e informais –, das ideias e questões que se impõem em nível mundial e acabam se sobrepondo às ações dos governos individualmente.

Historicamente crítica do cientificismo como via quase exclusiva de interpretação de fenômenos biológicos e também políticos e sociais, Midgley escreve aqui sobre a importância “crucial” do simbolismo no pensamento dos seres humanos, defendendo a necessidade de se levar a sério a “vida imaginativa”, mesmo quando se está lidando com assuntos que parecem triviais. Composto por 27 ensaios, o livro apresenta os pontos centrais do pensamento antirreducionista da autora, enquanto faz uma radiografia da sociedade humana numa tentativa de capturar os mitos que a povoam.

Ilhas – De Atlântida a Zanzibar, de Steven Roger Fischer
Este livro é um estudo profundo das ilhas por meio de um conceito que inclui a geologia (que lhes dá forma), a biologia (que lhes traz vida) e a cultura, por meio da qual adquirem significado. Sempre levando em conta a sinergia entre os três vértices, o autor volta-se principalmente à cultura, tentando aquilatar o significado das ilhas para os seres humanos, cujo desenvolvimento entrelaça-se desde os primórdios a essas formações.

Este livro estuda as crises políticas como continuação das relações políticas rotineiras, mas com uma lógica própria. Concretamente, foca uma categoria específica de crise, aquela associada a mobilizações que afetam as várias esferas de uma mesma sociedade de forma simultânea.

Produzidos em diferentes momentos da carreira de John Russell-Wood os nove ensaios desta coletânea constituem uma amostra bastante representativa da obra do historiador, um dos mais proeminentes entre os de língua inglesa. Demonstrativos do ecletismo e algumas vezes da inovação de suas temáticas de pesquisa, metodologia e perspectiva analítica global da historiografia do império português, os textos, selecionados pelo próprio autor em 2010, meses antes de sua morte, foram escritos entre 1977 e 2009.

Os judeus e a vida econômica, de Werner Sombart 
Sombart apresenta nesta obra clássica uma análise detalhada da contribuição judaica à instauração do capitalismo. Ao examinar o deslocamento da atividade econômica dos países meridionais para os países setentrionais da Europa entre o fim do século 15 e o fim do século 17, quando o capitalismo se estabelece, percebe vínculo entre esse fenômeno e a migração dos judeus, coincidentemente do sul para o norte do continente.

Presumido autor da Historia verdadera de la conquista de la Nueva España (História verídica da conquista da Nova Espanha), obra central sobre a expansão ultramarina espanhola publicada em 1632, Bernal Díaz del Castillo entrou para o panteão da literatura hispânica, entre Cid e Dom Quixote. Mas tal atribuição de autoria perde credibilidade à medida que os estudiosos desvendam os mistérios e lacunas de sua biografia. Aqui, Duverger tenta demonstrar, por meio da análise de farta documentação historiográfica, que Diaz del Castillo foi na verdade uma criação do conquistador espanhol Hernán Cortés, protagonista e verdadeiro autor do épico.