Prêmio
Unil
quarta-feira, 18 de março de 2015
Rosa Belluzzo é reconhecida por Arte da cozinha brasileira
| Belluzzo: preservando a dinâmica da língua e da cultura |
O livro Arte da Cozinha Brasileira, de Leonardo Arroyo e Rosa Belluzzo, ganhou o Prix Nationale de 2014 na categoria Litterature Gastronomique, concedido pela Academia Internacional de Gastronomia (AIG). A entidade congrega associações voltadas à preservação dos valores gastronômicos em todo o mundo, inclusive a Academia Brasileira de Gastronomia (ABG).
A AIG oferece anualmente dois tipos de prêmios aos principais expoentes da área de gastronomia em diversas categorias. O Grand Prix, concedido aos indicados em todo o mundo nas categorias Art de la Cuisine, Art de la Salle, Culture Gastronomique e Science de l'Alimentation. E o Prix Nationale, que premia um profissional por país nas categorias Chef de l'Avenir, Sommelier, Litterature Gastronomique e Multimedia.
Dicionário singular, A arte da cozinha brasileira abarca exclusivamente termos empregados na cozinha nacional. Parte de seus mais de três mil verbetes sequer consta dos dicionários regulares da língua portuguesa, algo que, em si, o torna relevante para a história da cultura brasileira. Várias dessas palavras foram pinçadas em dialetos indígenas e africanos e em documentos bibliográficos hoje raros, inicialmente por Leonardo Arroyo, nos anos 1960. A pesquisadora Rosa Belluzzo incumbiu-se de revisar e complementar o trabalho de Arroyo, tarefa em que despendeu quatro anos: “Procurei arrematar definições incompletas, incorporar palavras que à época não eram usuais, acrescer novos sentidos para termos já utilizados. Meu objetivo, enfim, foi revisitar o léxico compilado por Arroyo, preservando seu conteúdo, mas não descurando o presente e a própria dinâmica transformadora da língua e da cultura”.
Dicionário singular, A arte da cozinha brasileira abarca exclusivamente termos empregados na cozinha nacional. Parte de seus mais de três mil verbetes sequer consta dos dicionários regulares da língua portuguesa, algo que, em si, o torna relevante para a história da cultura brasileira. Várias dessas palavras foram pinçadas em dialetos indígenas e africanos e em documentos bibliográficos hoje raros, inicialmente por Leonardo Arroyo, nos anos 1960. A pesquisadora Rosa Belluzzo incumbiu-se de revisar e complementar o trabalho de Arroyo, tarefa em que despendeu quatro anos: “Procurei arrematar definições incompletas, incorporar palavras que à época não eram usuais, acrescer novos sentidos para termos já utilizados. Meu objetivo, enfim, foi revisitar o léxico compilado por Arroyo, preservando seu conteúdo, mas não descurando o presente e a própria dinâmica transformadora da língua e da cultura”.
Arroyo e Belluzzo expõem na obra a evolução do vocabulário da culinária nacional, enfatizando suas particularidades, curiosidades e suas três principais matrizes culturais – europeia, africana e indígena. O resultado é um rico e diversificado leque de expressões e da terminologia empregada na cozinha em todo o país.
Pela Editora Unesp Rosa Belluzzo publicou também São Paulo memória e sabor (2008) e Machado de Assis: relíquias culinárias (2010, Prêmio Jabuti 2011).