Elmar Altvater trata aqui das conseqüências do esgotamento dos recursos naturais pelo capitalismo contemporâneo. Ao privilegiar uma determinada estratégia energética, o capitalismo perpetua as condições de pobreza dos países do Hemisfério Sul, pois os países do Primeiro Mundo dependem daquilo que o autor chama de modelo fordista fossilista. Como forma de ultrapassar esse impasse, o livro defende a ecologização da economia e a substituição da atual base energética da produção por intermédio do paradigma da revolução solar.
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Este livro reúne nove ensaios sobre a economia e a política internacional durante o período que se estende da hegemonia inglesa no século XIX até a eclosão da Segunda Guerra Mundial. A Primeira Guerra Mundial, a emergência dos EUA como nação líder, a ressurreição e a falência do padrão-ouro, a emergência do comunismo no plano internacional, a incorporação das massas ao cenário político, os desencontros que se sucederam ao Tratado de Versailles, os percalços e contradições que conduziram à emergência do nazismo, as contínuas mudanças de rota da França no entre-guerras, o triunfal regresso e o súbito abandono da Inglaterra aos cânones da ortodoxia, a prosperidade americana dos roaring twenties, a Grande Depressão, as políticas de recuperação de Roosevelt e Hitler e os caminhos que levaram à eclosão do segundo conflito mundial, são alguns dos temas aqui tratados.
Os textos reunidos nesta coletânea retraçam o percurso de uma reflexão contínua sobre as transformações que marcam nossa época e sobre o lugar do Brasil no mundo.
“Este livro examina como os retardatários [o "resto"] avançaram em um ambiente em que o conhecimento era de difícil acesso e constituía uma barreira à entrada erigida pelas empresas estabelecidas. Analisa as propriedades gerais do "aprendizado puro", ou da industrialização "tardia", com base inicialmente em tecnologias que já eram comercializadas por empresas de outros países. O comportamento em mercado de economias que se industrializaram durante a Primeira e a Segunda Revoluções Industriais com o auxílio de tecnologias radicalmente novas mostra-se distinto do comportamento em mercado de economias que se industrializaram na ausência de quaisquer produtos ou técnicas de produção originais, ambos tendo requerido diferentes políticas, instituições e teorias para que o desenvolvimento econômico tivesse sucesso. Por ser exclusivo e específico de cada empresa, o conhecimento é tudo, menos universalmente disponível e gratuito. Ele é a chave para o desenvolvimento econômico, que envolve uma conversão da criação de riqueza centrada eam ativos primários baseados em produtos para a criação de riqueza centrada em ativos baseados no conhecimento."
Um dos maiores best-sellers recentes da França, O horror econômico faz o balanço da atual crise global do trabalho. Para Forrester, o quadro de crise demonstra uma das verdades maiores do capitalismo pós-industrial: a nova estrutura de produção, presente tanto nos países centrais quanto nos periféricos, não proverá emprego para a população ativa. Isso nos coloca diante de um impasse. Os problemas implicados por essa realidade econômica aparecem como um drama moral que questiona o próprio projeto civilizatório da modernidade.
Esta coletânea é voltada para as intrincadas relações que ligam Brasil e África. O livro divide-se em três partes. A primeira é composta por dois textos curtos: um depoimento do embaixador Alberto Costa e Silva, africanista vigoroso, que aqui nos condensa as suas impressões de uma tarde em Lagos e a vioz também autorizada de Martinho da Vila, sobre a presença africana na nossa música. A seção seguinte compõe-se dos textos de caráter ensaístico, em que estudiosos de várias áreas procuram mapear essas relações que são estruturais nas nossas formas de estar no mundo. Ao lado de textos voltados para a permanência de marcas africanas em práticas religiosas, na nossa criação musical e na nossa ordem socioeconômica-cultural, há reflexões sobre o complexo quadro das dificuldades encontradas pelos descendentes dos africanos na sociedade brasileira. A segunda parte se completa com o encantamento do universo literário. A terceira parte abraça a literatura de maneira mais direta, abrigando alguns poetas que têm nas referências africanas de sua formação um dado de relevância da poética que atualizam com sua sensibilidade e a consciência de seu verbo.