Paul K. Feyerabend, um dos filósofos da ciência mais citados e controvertidos de nosso tempo, completou sua biografia em seu último mês de vida. Em um estilo límpido e vibrante, o autor evoca sua família, a ascensão do nazismo, a Segunda Guerra Mundial e cenas do teatro, da música lírica, dos trabalhos da filosofia da ciência, as mulheres de sua vida e suas relações com alguns dos intelectuais mais importantes deste século: Brecht, Wittgenstein e Popper.
Autor de 5 livros disponíveis em nosso catálogo.
Os ensaios reunidos neste volume tratam da diversidade e da mudança na cultura. Eles tentam mostrar que, enquanto a diversidade é benéfica, a uniformidade diminui nossas alegrias e nossos recursos (intelectuais, emocionais e materiais). Existem tradições poderosas contrárias a esse ponto de vista. Essas tradições podem até admitir a possibilidade de as pessoas organizarem suas vidas de várias maneiras; acrescentam, porém, que a variedade precisa ter limites. Esses limites, dizem elas, são constituídos pelas leis morais, que regulam as ações humanas, e pelas leis físicas, que definem nossa posição na natureza. Filósofos, desde Platão até Sartre, e cientistas, de Pitágoras a Monod, afirmaram possuir essas leis e reclamaram da variedade (de valores, de crenças e de teorias) que ainda permanecia.
"Esta edição combina partes de Against Method com excertos de Science in a Free Societ, acrescido de um capítulo sobre o julgamento de Galileu e outro sobre a noção de realidade que parece ser requerida pelo fato de que o conhecimento é parte de um processo histórico complexo. Defendo dois pontos de vista: primeiro, que a ciência pode ficar em pé sobre suas próprias pernas e não precisa de nenhuma ajuda ... ; segundo, que culturas, procedimentos e pressupostos não-científicos também podem ficar em pé sobre suas próprias pernas e deveria ser-lhes permitido fazê-lo, se tal é o desejo de seus representantes.
Instigante pensador da Filosofia da Ciência, Paul Feyerabend traz nesta obra mais reflexões sobre o saber científico. Aqui ele apresenta de forma mais contundente sua crítica a respeito da presença do racionalismo na evolução da ciência. O racionalismo é uma corrente que se baseia na ideia de que a razão, o raciocínio lógico, comanda as decisões da mente. Para o autor, entretanto, esta não seria a única forma de pensamento capaz de produzir o conhecimento científico. Ele argumenta que os grandes momentos da Ciência moderna não estão totalmente fundados na razão.
"Esta edição combina partes de Against Method com excertos de Science in a Free Societ, acrescido de um capítulo sobre o julgamento de Galileu e outro sobre a noção de realidade que parece ser requerida pelo fato de que o conhecimento é parte de um processo histórico complexo. Defendo dois pontos de vista: primeiro, que a ciência pode ficar em pé sobre suas próprias pernas e não precisa de nenhuma ajuda ... ; segundo, que culturas, procedimentos e pressupostos não-científicos também podem ficar em pé sobre suas próprias pernas e deveria ser-lhes permitido fazê-lo, se tal é o desejo de seus representantes. A ciência tem de ser protegida das ideologias, e as sociedades, em especial as democráticas, têm de ser protegidas da ciência ... Minha interpretação do conhecimento científico, por exemplo, era uma trivialidade para físicos como Mach, Boltzmann, Einstein e Bohr. No entanto, as idéias desses grandes pensadores foram irreconhecivelmente distorcidas pelos roedores neopositivistas e por seus rivais, os roedores pertencentes à igreja do racionalismo "crítico". Lakatos foi, depois de Kuhn, um dos poucos pensadores que notaram essa discrepância e tentaram eliminá-la por meio de uma complexa e muito interessante teoria da racionalidade."
Como a fantasia está presente na arte? Em Mito e magia estão reunidos artigos e ensaios que refletem sobre o papel dos elementos fantásticos na literatura, na pintura e em outras manifestações culturais. Assim, a obra desvela a importância dos contos de fadas, das fábulas e das narrativas ficcionais que fazem uso do mítico para contar suas histórias.