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A história econômica da América Latina é a história da sua luta pela soberania, uma luta que desde 1979 vai perdendo terreno para uma política de ajustes macroeconômicos subordinados à Nova Ordem Internacional. É a respeito das engrenagens desse enfraquecimento que escreve Wilson Cano. Mediante um estudo envolvendo realidades nacionais de vários países latino-americanos (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru, Venezuela e Cuba), Cano apresenta uma história econômica que vai de 1929 aos dias atuais, história que não quer terminar.
Este livro, uma continuação da análise iniciada em Desequilíbrios regionais e concentração industrial no Brasil 1930-1970, mostra como passamos de uma década (a de 1970) de intenso crescimento, para um longo período de baixo crescimento, incerteza, desemprego, valorização cambial e neoliberalismo, que debilitaram fiscal e financeiramente o Estado, desmantelando as instituições de planejamento e constrangendo a política econômica e como esse processo degenerativo afetou a macroeconomia regional, desfazendo a maior parte de suas estruturas institucionais e constrangendo a política de desenvolvimento regional.
Nesta segunda edição revista e ampliada, Wilson Cano aborda, "as tentativas de impor às nações subdesenvolvidas idéias neoliberais que só 'fazem bem' às nações desenvolvidas, ao dito Primeiro Mundo. Para tentar manter uma artificiosa e 'inteligente' política de estabilização, as nações desenvolvidas estão minando as finanças públicas e desestruturando o aparelho produtivo nacional. Os maiores exemplos disso são as grandes reduções de capacidade produtiva já ocorridas em muitos setores, notadamente nos da agricultura, indústria têxtil, confecções, brinquedos, componentes eletrônicos e autopeças. Nesses anos de práticas de políticas neoliberais já abandonadas em alguns países os efeitos sociais nefastos já se fazem sentir também aqui: drásticos cortes nos gastos públicos sociais, aumento do desemprego aberto e o de longa duração, desmedido crescimento da violência urbana e grave deterioração dos padrões éticos, políticos e sociais. Por outro lado, torna-se ainda mais difícil a redação de um texto de introdução à Economia, haja vista a crise pela qual passa a Teoria econômica (as "novas" e as "neos") e a "financeirização" criada pela crise financeira internacional, que cresce, justamente, a partir da década de 1970 e parece não ter solução pacífica".
Concluída em 1996, esta obra de Wilson Cano chega agora a sua terceira edição pela Editora Unesp. Concebido em 1970 como material didático para se contrapor à ideologização e alienação que o regime militar tentava impor ao país naquele período, em especial por meio dos cursos de Economia, o texto, instigante, atual e acessível a todos os tipos de leitor, procura desmistificar a idéia de que Economia é um assunto estritamente técnico e só pode ser compreendido por especialistas.
Obra clássica que apresenta uma seleção de artigos e trabalhos avulsos, de alta qualidade, da professora Alice Canabrava, uma das fundadoras da moderna Historiografia Econômica no Brasil. Relata a História Econômica do Brasil, referindo-se à grande propriedade rural, à influência do Brasil na técnica do fabrico de açúcar nas Antilhas no meado do Século XVII, às manufaturas e indústrias no período de D. João VI no Brasil e à grande lavoura. Aborda um esboço da História Econômica de São Paulo, considerando os níveis de riqueza na capitania de São Paulo (1765-1767), a repartição da terra na capitania (1818), as terras e escravos, as máquinas agrícolas e as chácaras paulistanas. Apresenta, também, Historiografia e Fontes importantes, como Varnhagen, Martius e Capistrano de Abreu, relacionando história e economia, fontes primárias para o estudo da moeda e do crédito em São Paulo, no século XVI, bem como fontes primárias sobre o escravismo.