Reúne cinco textos sobre o arquiteto, urbanista e historiador de arquitetura João Walter Toscano. Inclui fotografias e desenhos de 19 projetos por ele assinados, além de resumo biográfico, cronologia de obras e projetos, e bibliografia selecionada.
Autor deste livro.
A década de 1980 assinalou a invasão das grandes cidades brasileiras pelos Shopping Centers, que modificaram consideravelmente os seus horizontes físicos e humanos. Provocaram, entre outras, alterações na paisagem arquitetônica, no sistema viário, na estrutura do comércio, nos hábitos de consumo e de convívio entre as pessoas. Esta obra procura oferecer enfoques representativos de realidades urbanas distintas como São Paulo, o interior paulista, Porto Alegre e Belo Horizonte, na visão de geógrafos, arquitetos e antropólogos.
As cidades interioranas paulistas Bauru, Piracicaba, Rio Claro e São Carlos são as escolhidas pela autora para sua análise do processo de homogeneização da paisagem urbana. Baseada no pressuposto de que as opções arquitetônicas não são neutras, mas refletem e reforçam as condições socioeconômicas de um lugar, a autora revela as causas desse processo, que envolvem as semelhanças estruturais entre as cidades interioranas, como a presença de praça central, ferrovia, monocultura do café, e rodovias, e seu desejo de imitar centros maiores, cujo padrão urbanístico é tomado como referência. A obra também aborda a importação de modelos descontextualizados e a negligência na criação de um padrão próprio, efeitos da homogeneização.
O livro mostra como, diante das metrópoles da velha Europa (com a possível exceção de Berlim, na década que se seguiu à queda do muro), ocorreu as mudança e as metamorfoses da capital paulista. Basta ver as transformações pelas quais passou a metalurgia, que contribuiu consideravelmente para forjar o caráter dessa cidade - uma empresa como a Volkswagen ainda era em 1995 o maior empregador privado do Brasil. Em meio a esses processos políticos e econômicos, a Igreja católica foi um ator decisivo. Mais precisamente, diante de lógicas internas e externas altamente limitadoras e determinantes, que deixavam pouca margem de ação à maioria da população de São Paulo, a população pobre, a Igreja contribuiu com esse esforço humano no sentido de recuperar, graças à união e à organização, alguma margem de liberdade e de autonomia (por tênue que fosse), num período marcado justamente por uma ampliação e uma disseminação geográfica da pobreza.
O presente livro realiza um estudo comparativo das residências entre dois paises da América Latina, os centros históricos de Cusco no Peru e Ouro Preto no Brasil, ambos reconhecidos como Patrimônio Nacional e como Patrimônio Cultural da Humanidade, geograficamente situados em região montanhosa, importantes centros de comércio, serviços e turismo. Os objetivos traçados são: mostrar os processos de formação dos espaços urbanos e caracterizar a arquitetura residencial nos centros históricos de Cusco e Ouro Preto, analisar a relação dos moradores, de suas residências e a análise comparativa das residências nos centros históricos de Cusco e Ouro Preto e, propor uma reflexão sobre os critérios para a reabilitação da residência como instrumento de salvaguarda desses centros históricos.
Como os teatros foram construídos para abrigar as mais diversas atividades culturais? Esta é uma das questões centrais deste livro de Paulo Roberto Masseran, que procura evidenciar como a produção artística exige a criação de novos espaços para sua consolidação como meio de expressão social. Para alcançar uma resposta, o autor parte da concepção dos teatros na Antiguidade clássica Greco-romana para explicar como foram estabelecidas tipologias para a arquitetura desses espaços, chegando, enfim, à análise dos teatros paulistas construídos entre o período do Segundo Império e da República Velha.