Livro que relaciona o pensamento de Peirce ao de Descartes, é a demonstração, por C. S. Peirce, de que a investigação científica é sempre gratificante, pois é a maneira que o intelectual tem de conversar com a natureza em suas diversas escalas, a microscópica, a inorgânica, a biológica, a humana e a macroscópica. Uma das maiores especialistas no país sobre as teorias de Peirce, a autora traz a oportunidade de reflexão de como Peirce tomou Descartes por seu primeiro interlocutor, apontando deficiências do pensamento cartesiano com a convicção de que os novos tempos demandavam um raciocínio que transcendesse o legado do intelectual francês.
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Neste conjunto de ensaios o filósofo francês Gérard Lebrun procura discutir e entender o discurso hegeliano, pondo a questão da regulação que o leitor deve adotar em relação ao Sistema hegeliano, afastando todos os juízos tradicionais sobre o andamento global do Sistema (monismo, otimismo, panlogismo, pantagrisno etc.).
O Progresso do Conhecimento (1605) foi a primeira contribuição do filósofo em larga escala ao seu grande empreendimento filosófico. Constituindo um tratado sistemático redigido em inglês, é a única de todas as obras de juventude de Francis Bacon publicadas durante a vida do autor. O Progresso do Conhecimento é dividido em dois livros ou partes de extensão muito desigual. Na primeira parte, Bacon faz a defesa da excelência do conhecimento e elabora uma minuciosa resposta às objeções habituais à busca deste. Na segunda, se ocupa dos obstáculos até então impostos a seu progresso e apresenta em grande detalhe uma classificação das ciências.
Este livro integra a Coleção Biblioteca de Filosofia, cujo objetivo é a publicação de trabalhos dos mais jovens e dos mais velhos, na busca de dar visibilidade ao que Antonio Candido (referindo-se à literatura brasileira) chama de "um sistema de obras" capaz de suscitar debate, constituir referência bibliográfica nacional para os pesquisadores e despertar novas questões no intuito de alimentar uma tradição filosófica no Brasil, além de ampliar, com outros leitores, o interesse pela filosofia e suas enigmáticas questões. Mostra como a questão da ética é relevante na obra de Sartre, considerada a abordagem concreta de delineamentos presentes nas reflexões do pensador francês sobre conceitos como a má-fé, o ser-para-si e o ser-para-outro. Acima de tudo, um filósofo que acredita que as questões tratadas pelas pessoas individualmente são as propostas pela época que cabe a cada ser humano viver.
Chalmers, ao partir de uma série de exemplos históricos, procura construir uma visão científica do mundo que recuse tanto a glorificação ideologicamente suspeita quanto o niilismo relativista. Munido de um arsenal no qual se destacam a crítica da pseudociência, a crítica do método experimental, a questão da objetividade e as limitações da teoria estatística, o autor permite a consideração da ciência como uma espécie de organismo vivo que, continuamente, se autocorrige.
Um dos principais panfletos da esquerda mundial, O direito à preguiça marcou a crítica do comunismo à ética do trabalho e à alienação dos sujeitos através do advento do trabalho abstrato. Escrito em 1880, o livro teve sucesso imediato e sem precedentes. Esta versão traz, além da introdução de Marilena Chauí, um discurso de Lenin nos funerais de Lafargue, o testamento político do próprio e um artigo de Jean Jaurès.