Mais que uma biografia ou uma nova interpretação da obra de Gilberto Freyre, Maria Lúcia Pallares-Burke nos oferece uma narrativa que acompanha os elementos formadores do pensamento freyriano. Esta ampla pesquisa revela a trajetória do autor de Casa grande & senzala, o mundo cultural no qual ele estava inserido e as influências anglo-americanas e nacionais que o levaram a abandonar a falácia do racismo científico e a entender a miscigenação sob uma nova perspectiva. Gilberto Freyre: um vitoriano dos trópicos nos apresenta as idéias que, absorvidas e transformadas, permitiram a Freyre gerar a contribuição original e definitiva que mudou a maneira como o Brasil se percebia.
Autor de 3 livros disponíveis em nosso catálogo.
Uma historiadora brasileira, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e pesquisadora-associada do Centre of Latin American Studies da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, entrevista nove dos principais representantes da chamada Nova História - os ingleses Jack Goody, Asa Briggs, Keith Thomas, Peter Burke e Quentin Skinner, os norte-americanos Natalie Zemon Davis e Robert Darnton, o francês Daniel Roche e o italiano Carlo Ginzburg. Ao tratar da formação, da área de interesse, das influências e predileções intelectuais e dos métodos de abordagem desses gigantes da historiografia, as entrevistas evidenciam as convergências e divergências entre eles e traçam um painel bastante abrangente das preocupações e dos rumos dos estudos historiográficos contemporâneos.
A sofrida trajetória do alemão Rüdiger Bilden, contemporâneo e amigo de Gilberto Freyre, a quem influenciou de modo expressivo, é o tema central deste livro, escrito por Maria Lucia Garcia Pallares Burke, autora de Gilberto Freyre – um vitoriano dos trópicos (Editora Unesp, 2005). A obra retrata o brilhantismo intelectual, a ascensão e a queda no ostracismo do pensador alemão nascido em 1893.
Os textos reunidos nesta obra procuram apresentar as novas interpretações que os analistas da produção de Gilberto Freyre têm recentemente elaborado e fornecer ao leitor um roteiro, uma aproximação original a temas e problemas já tratados, bem como a descoberta de novas perspectivas e frentes de reflexão. O pensamento de Gilberto Freyre esteve à frente do seu tempo pelas questões que aborda, pela metodologia inovadora de que faz uso e pelas fontes inusitadas a que recorre, como se observa em: Casa Grande & Senzala (1933) - uma inversão nas leituras racistas disponíveis no período fazendo com que a mestiçagem, vista como origem de nossos males, transforme-se em nossa maior virtude; Sobrados e Mucambos (1936) - dá continuidade à análise da família patriarcal no Brasil, ampliando temas e questões que dizem respeito não apenas ao período e à decadência do patriarcalismo, mas que atingem a cena contemporânea, como as relações entre o público e o privado; e Nordeste (1937) - belíssimo livro, em que o sociólogo envereda de modo original por domínios pouco conhecidos, como o das relações entre cultura e natureza, apresentando o interesse inédito pela higiene, alimentação e culinária, bem como a preocupação com os hábitos íntimos, com o corpo, vida sexual, moda, comportamentos femininos, entre outros. Será possível ao leitor percorrer caminhos e veredas à primeira vista "menores", mas que permitem alcançar as linhas de força que estruturam a sociedade brasileira.
Esta coletânea, sobre a atualidade do pensamento de Gramsci, reúne ensaios dos autores Leandro Konder, Carlos Nelson Coutinho, Ivete Simionatto, Marco Aurélio Nogueira, Marcos del Roio, José Luís Bendicho Beired, Milton Lahuerta, Alberto Aggio, José Antonio Segatto e Luiz Werneck Vianna. Organizado a partir de três eixos temáticos - a questão política, o papel dos intelectuais e América Latina e Brasil -, este livro retoma e rediscute a fertilidade e influência das idéias deste pensador no Brasil e na América Latina.
Centrado inicialmente na análise de pensadores do século XIX, este livro proporciona instrumentos decisivos para a análise de questões muito contemporâneas, como as dificuldades encontradas pelas correntes intelectuais progressistas, leigas ou confessionais, quando se vêem diante da tradição totalitária.