NO BRASIL ESCRAVOCRATA
Esta obra demonstra como a escravidão determinou o desprezo pelos "ofícios mecânicos" no Brasil na época do Brasil Colônia e Império, quando, após a abolição da escravatura, ninguém queria exercer atividades consideradas "coisas de escravos". Assim, a aprendizagem de ofícios acabou sendo imposta a quem não tinha meios de resistir, reforçando esse desvalor. Apresenta uma análise das instituições dedicadas ao ensino de ofícios: liceus de artes e ofícios, arsenais militares, asilos, propiciando ao leitor conhecer as propostas dos intelectuais do Império a respeito da aprendizagem profissional e seus esperados efeitos moralizantes.
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O ensino de ofícios industriais e manufatureiros passou a ser defendido como um dos meios de integração do proletariado na sociedade moderna, durante as primeiras décadas do Brasil republicano. As escolas profissionais buscaram os jovens que tivessem vocação e aptidão para os ofícios manuais. Passou-se à aprendizagem sistemática (ao taylorismo), em substituição à aprendizagem espontânea (como o artesanato). O autor analisa as iniciativas públicas e privadas, confessionais e laicas de criação de instituições de ensino de ofícios, incluindo as que prepararam o caminho para as atuais. Entre elas, as escolas ferroviárias paulistas, nas quais se encontram os antecedentes do Senai; e as escolas federais de aprendizes artífices, matrizes dos atuais Cefets.
Luiz Antônio Cunha estuda a origem e o desenvolvimento do ensino superior no Brasil, desde os "cursos de artes", abertos pelos jesuítas no século XVI, até a institucionalização do regime universitário, na era Vargas. Concebendo a universidade como um modo de organização do ensino superior, o foco da obra recai sobre a função desempenhada por esse grau de ensino na inculcação do saber dominante em cada momento.
Luis Antônio Cunha apresenta uma análise histórico-sociológica do ensino superior nos primeiros anos do regime autoritário (1964-1968), revelando aspectos inéditos das mudanças efetuadas na época - a face modernizante da implantação de modelos norte-americanos, ao lado, é claro, do retrocesso político e educacional trazido pelo novo regime.
Esta obra aborda a origem e o desenvolvimento até a atualidade dos segmentos da educação brasileira com relação ao "Sistema S" (Senai, Senac, SESI e SESC) e à rede federal de escolas técnicas industriais. Apresenta os conflitos que existiram quanto aos defensores dos modos distintos de funcionamento e organização da qualificação profissional, e as (des)articulações entre os cursos de aprendizagem do SENAI, os cursos técnicos na rede federal, o ensino médio e o ensino superior.
Luis Antônio Cunha reconstrói o processo de transformação do ensino superior no Brasil no período de 1954-1954, em suas determinações sociais e econômicas. Ao lado dos aspectos morfológicos do ensino superior no período (expansão, integração e modernização), o autor explicita a consciência dos agentes envolvidos com esse processo de transformação, particularmente o Estado, os professores e os estudantes, estes últimos organizados por entidades como a SBPC e o sistema UNE/UEEs/DCEs/DAs.