ESSE MESMO MUNDO É POSSÍVEL
Este livro tem por "abordar o processo de configuração da hegemonia dos Estados Unidos no âmbito internacional e na América Latina em particular, estabelecendo um contraponto com as possibilidades de construção de alternativas originárias de setores subalternos na estrutura social ou de países periféricos no sistema internacional". "A preocupação é buscar respostas ao desafio colocado por essa visão determinista da realidade, confrontando diversas perspectivas sobre a viabilidade estratégica da unipolaridade nas relações internacionais e do capitalismo nas relações sociais. Nossa conclusão é cautelosa no que se refere à grande questão que aviva os movimentos críticos do sistema: a continuidade dos fundamentos essenciais da atual estrutura de poder apresenta-se como cenário provável. Não por um destino manifesto que se impõe a nenhum desejo de transformação, mas pela cristalização de um consenso sobre os alcances e limites da mudança possível, que se denomina social-democratização do ordenamento mundial, para o qual confluem os atores principais da cena política e econômica governamental e não-governamental, incluindo boa parte dos descontentes com a chamada globalização neoliberal".
Autor de 6 livros disponíveis em nosso catálogo.
Neste livro são analisadas seis experiências nacionais - Argentina, Bolívia, Equador, Brasil, Venezuela e Colômbia - nas quais encontramos uma rica diversidade de significados em relação aos seguintes elementos: o esgotamento de um ciclo econômico marcado pela liberalização dos mercados, no contexto do chamado "Consenso de Washington"; a emergência de forças políticas e movimentos sociais cuja ação consegue combinar a crítica ao modelo dominante com a construção de alternativas de poder estatal; e a ascensão de governos preocupados com a revalorização do protagonismo do Estado frente ao Mercado, objetivando recuperar capacidades de gestão no âmbito interno - especialmente na promoção da equidade social - e externo, buscando afirmação regional no âmbito sul-americano e maior autonomia nas relações com os EUA.
Abrangente e rico em informações, este livro aborda dois temas da maior relevância: de um lado, o processo histórico que leva à adoção das reformas econômicas neoliberais na Argentina sob o governo Menem e os rumos seguidos na sua implementação; de outro, a reorientação drástica que se processa na condução da política externa desse país no mesmo período.
O livro apresenta um conjunto de estudos realizados na área de pesquisa "Integração e Crise na América do Sul e a Política dos Estados Unidos para a Região", vinculada ao Instituto Nacional de Estudos Sobre os Estados Unidos (INEU). A perspectiva analítica adotada pelos autores pauta-se pela compreensão dos interesses, das estratégias e das políticas do governo dos Estados Unidos nas suas relações com a América Latina, baseando-se em dois eixos temáticos que delineiam a estruturação dos capítulos: 1) as abordagens predominantes na definição da política externa, assim como as correntes de opinião e 'Think Tanks" com influência nos processos decisórios; 2) os interesses, as percepções e as políticas envolvendo o conjunto da região, blocos subregionais ou países individuais, estabelecendo o vínculo entre as diversas agendas e o dimensionamento dos desafios à segurança.
O livro é composto de 8 capítulos que trazem uma minuciosa análise com perspectiva histórica e também fontes bibliográficas de arquivos consultados na Agência Central de Inteligência (CIA) e no Departamento de Estado. Quanto à seleção de documentação presente no livro, o autor escreve "A seleção e análise da documentação não tiveram como objetivo a descoberta de fatos que pudessem contribuir para esclarecer eventuais lacunas presentes nos estudos históricos conhecidos. A intenção foi registrar as avaliações prévias às decisões de política externa, com base em análises originalmente sigilosas, a fim de descrever objetivamente as situações a serem enfrentadas, de modo a assessorar o poder executivo para que este seja bem-sucedido nas medidas adotadas".
Nesta obra, a abordagem do processo histórico cubano toma como referência o contexto vivenciado pelos atores da revolução, considerando suas opções e decisões à luz dos dilemas apresentados pela realidade de uma época marcada por fortes constrangimentos externos originários da guerra fria entre os Estados Unidos e a União Soviética. Será essa a base da reflexão sobre os desafios atualmente colocados para a continuidade do processo iniciado nos anos 50. Na ocasião, uma profunda reestruturação interna da economia e sociedade cubanas e o desafio à hegemonia dos EUA sobre a América Latina, cujos países haviam iniciado um processo de industrialização voltado para o mercado interno, visando ao atendimento de prioridades nacionais, passa a receber pressões externas em favor da abertura das economias à penetração do capital estrangeiro e à instalação de filiais de empresas multinacionais.