"Os textos apresentados neste livro são uma pequena amostra desse encanto e humor refinado. Exemplificam um tipo de escrita que Franklin produziu desde quando era um jovem de dezesseis anos até chegar à casa dos oitenta. Esses textos teriam, com certeza, surpreendido Max Weber ou chocado um capitalista devoto como Thomas Mellon. Mas eles dão vida ao perfil convencional de Franklin- na verdade, trazem-no para o gozo espontâneo da vida, de Weber. Com efeito, ensejam àquele retrato na nota de cem dólares abrir um sorriso zombeteiro e permitir-se uma rápida e confiante piscadela". Da Apresentação Biográfica de R. Jack Wilson.
Autor deste livro.
Falando de Perrault e dos Contos da Mamãe Gansa, a autora permite entrever os significados morais e pedagógicos que os estruturam, os quais aparecem quando são analisadas as funções femininas na estrutura narrativa. Princesas, bruxas e fadas figuravam na ideologia familiar burguesa que então se consolidava, e isso explica parte da aceitação desses contos em todos os países do Ocidente.
A autora estuda neste trabalho a trajetória de três brasileiros: um sargento, um capataz e um bacharel. São personagens de três obras conhecidas da literatura brasileira, Sargento Getúlio, de João Ubaldo Ribeiro, Uma estória de amor (Festa de Manuelzão), de João Guimarães Rosa, e Bangüê, de José Lins do Rego. A ênfase é dada nas diferentes modulações do núcleo dramático comum, representado pela crise de identidade do herói, provocada por seu desenraizamento.
Este livro apresenta uma discussão mais ampla sobre o procedimento corrosivo empregado pelo poeta José Paulo Paes e sua relação com a ironia, o humor e a sátira, de Novas cartas chilenas (1954) a A poesia está morta mas juro que não fui eu (1988), período de produção intervalar entre uma poesia inicial caracterizada pela aprendizagem de uma tradição e uma terminal da qual são tiradas como lições a atenção à memória e a reflexão sobre a temporalidade.
Estudo de características da prosa de ficção dos romantismos alemão e brasileiro, considerando as peculiaridades de cada movimento e as circunstâncias histórico-literárias em que surgiram. Abrangente e documentado com seriedade, o livro trata de questões relativas ao tema, como transcendência, subjetividade etc. de modo bastante claro e preciso, sendo de leitura agradável e de fácil compreensão mesmo para um público não especializado.
O livro demonstra a importância da presença de Victor Hugo nas crônicas de Machado de Assis publicadas ao longo da segunda metade do século XIX e mostra como tal presença, ligada a outras referências francesas, ajuda a compor o grande quadro da vida brasileira do século XIX, em uma interação abrangente das duas culturas. O estudo segue o conceito do intertexto, uma vez que o trabalho criador do cronista é, sem dúvida, algo marcante e que nos interessa mais de perto, visto estudarmos o modo pelo qual a presença de Victor Hugo se manifesta no texto machadiano. Esse caminho teórico revitaliza a crítica de fontes e oferece ao texto liderança e sentido, incorporando a paródia e a citação.