Ainda é possível operar uma crítica radical ao capitalismo e suas formações a fim de abrir espaço à defesa de uma democracia socialista? Por meio deste livro, Ralph Miliband responde afirmativamente à questão. Para tanto, ele procura reavaliar o projeto socialista à luz das experiências do século XX e das transformações que ocorreram no capitalismo contemporâneo. Aceitando o desafio de pensar a sociedade após a queda do Muro de Berlim, Miliband não abre mão do horizonte igualitário e radicalmente democrático que marcou o ideário socialista. Issoimplica uma reavaliação que possibilite dizer o que está vivo e o que está morto no marxismo. O livro termina com um levantamento das perspectivas dos países do Terceiro Mundo, assunto que não deixa de dizer respeito ao Brasil.
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O segredo foi por séculos um elemento considerado fundamental para a arte de governar. Com o advento da democracia moderna, esta passa a ser idealmente caracterizada como o governo cujos atos se desenrolam publicamente, sob o controle da opinião pública. Mas, paralelamente a este poder visível, defende Norberto Bobbio neste livro, há um outro, invisível, que assume várias formas: aquela que se volta contra o Estado (como as organizações criminosas); a que se organiza para extrair benefícios ilícitos do Estado (como as formadas para a corrupção); e aquela que se constituí como instituição do próprio Estado (os serviços secretos).
Uma das principais figuras do marxismo contemporâneo, o historiador inglês Perry Anderson, defende aqui a atualidade de pensar a política valendo-se da história. Sua estratégia é reunir ensaios de alguns dos mais conhecidos autores contemporânoes que abordaram tal relação. O resultado é uma coletânea com nomes como Norberto Bobbio Max Weber, Ernest Gellner, Carlo Ginsburg e Fernand Braudel.
Este trabalho estuda a evolução política da cidade de Santos. Mostra as condições e os mecanismos pelos quais essa cidade paulista se distingue das demais pelos seus anseios de autonomia e liberdade e por suas lutas em prol das transformações sociais. É destacado o papel das chamadas classes médias, aí mais comprometidas com os movimentos de esquerda, ao contrário da maioria dos centros urbanos do país.
Este trabalho centra-se no estudo das políticas públicas de saúde de São Paulo na Primeira República, mas acaba por taçar um amplo painel em que se destacam fatos como a imigração e o advento do Mercado do Trabalho Livre, o crescimento populacional e as condições reais de existência do homem comum, marcada pela miséria, pela promiscuidade e pela falta de saneamento básico.