Neste novo volume da coleção de Maurício Tragtenberg, encontramos mais uma amostra da militância crítica deste pensador brasileiro. Sempre com um olhar aguçado para as mazelas do país, em Autonomia operária ele se volta exclusivamente para a causa dos trabalhadores. Estão reunidos aqui artigos seus publicados em jornais a partir da década de 1970 – entre os quais se incluem Notícias Populares, Folha de S. Paulo e O São Paulo –, todos eles em defesa da classe trabalhadora.
Nestes textos é possível perceber sua vigorosa oposição à burocracia sindical e do Estado, sua indignação em relação às condições de vida e de trabalho dos operários fabris e dos bóias-frias no campo do estado de São Paulo. Essa gama de assuntos é exposta pela escrita contundente e ao mesmo tempo agradável de Tragtenberg, alheia à frequente arrogância intelectual do meio acadêmico. Este é mais um belo exemplar do que há de melhor no pensamento social brasileiro
Autor de 9 livros disponíveis em nosso catálogo.
Ao abrir este livro, o leitor verá a tentativa bem conduzida de caracterizar momentos importantes na evolução do capitalismo e do espírito burguês e, depois, nos embates que estes sofreram dos grandes movimentos revolucionários do nosso tempo. Simultaneamente, verá o esforço de reconhecer, na diversidade dos tempos e dos caminhos da história, algumas constantes que permitem localizar o processo desfechado na ideia e na prática da planificação econômica. Com honestidade e heterodoxia, longe de dogmas e preconceitos, o autor circula entre fatos históricos, sociais e econômicos com uma formosa liberdade, manifestando a cada instante uma equação pessoal que não se quer omitir e que atua como presença fecundante.
Este livro se destina, principalmente, a examinar o surgimento e o perecimento das teorias administrativas através do tempo, conforme as determinações econômico-sociais existentes. Com isto, se pretende estudar a Teoria Geral da Administração como ideologia, dentro do plano traçado e fundamentando-se em textos relevantes ao assunto. Tal análise será desenvolvida em perspectiva estritamente sociológica, no nível de sociologia do conhecimento, isto é, do estudo da causa social das teorias de administração ideológicas.
Após 30 anos da primeira publicação desta coletânea, o autor surpreende pela atualidade do pensamento e análises elaboradas no final dos anos 70. Com diversos artigos, depoimentos e um debate com o autor, é abordada a relação entre saber e poder, escola e burocracia, escola e domesticação e a existência da "delinqüência acadêmica". Traz, novamente, a proposta corajosa e viva de que a história construirá a escola popular e de acesso ao povo e apresenta debate que expõe o que significam os vestibulares à universidade, concluindo que "é lamentável que loucos dirijam cegos".
Obra indispensável e singular na crítica da administração, proporciona subsídios para a compreensão do capitalismo contemporâneo. De leitura proveitosa a todos que valorizam o trabalho humano, o autor apresenta uma análise crítica do papel das grandes corporações no Mercado - eixo da grande reorganização do capitalismo após a crise econômica mundial dos anos 70. Aborda: a nova exploração do trabalho que mudou as formas disciplinares do capitalismo; a internacionalização da economia na tendência da condução das políticas governamentais; as atividades artísticas e culturais através do mecenato; a decisão sobre os rumos da pesquisa científica, o trabalho e suas teorias participativas, como a co-gestão, ideologia que procura encobrir novas práticas de exploração, incidindo sobre a criatividade social da classe trabalhadora; a questão do ser político do trabalhador que as políticas de Recursos Humanos das empresas querem subjugar e neutralizar, recorrendo à psicologia e à sociologia, que buscam reduzir o político ao psicológico.
O objetivo deste livro é mostrar o processo histórico das lutas dos trabalhadores, isto é, as lutas operárias condicionadas pelo tempo e lugar, oscilando entre a capacidade que têm de criar novas relações sociais igualitárias e sua deformação em relações desiguais, hierárquicas, quando os partidos ou aparelhos políticos substituem os trabalhadores na direção das suas lutas.