O progresso, acumulado por séculos e perseguido incessantemente, tem trazido felicidade para o ser humano? Ele tem tornado as pessoas melhores? Enfrentamos um paradoxo: destruição, morte e desesperança acompanham incríveis inovações tecnocientíficas. Vivemos, hoje, momentos mais inquietantes que os dos perigos nucleares, porque agora, por exemplo, são mais graves os dilemas éticos e morais dos riscos da microbiologia e da genética. Nesse cenário nebuloso, esta obra realiza uma exegese do conceito de progresso, procurando entender o quanto nele se ocultam interesses meramente hegemônicos. Para tanto, começa por examinar o significado da própria palavra progresso, no imaginário da sociedade global deste início do século XXI, enfatizando sua ligação com a credibilidade ou o poder de quem a enuncia. De modo lúcido, o autor recupera a posição da maioria dos pensadores que se dedicaram mais detidamente ao tema do progresso, em suas variadas tendências e concepções, procurando apontar as contradições entre esse conceito e a evolução de padrões voltados para a realização das potencialidades humanas quanto à equidade, à justiça e à garantia de um porvir. Sem pretender negar os benefícios da vertiginosa evolução das tecnologias, Dupas vai desconstruindo esse discurso hegemônico sobre o progresso, da forma como dele se apropriaram as elites econômicas, apelando para argumentos de natureza ética e filosófica a fim de sustentar visões alternativas que, eventualmente, possam fornecer subsídios para políticas que evitem ou adiem uma tragédia. O livro, assim, alinha-se com a ideia de que o progresso não passa de um mito renovado por um aparato ideológico interessado mais na omissão das multidões do que na ação de seus intelectuais, ressaltando que somente o exercício da crítica, com força e autonomia, poderá fazer acreditar em resultados mais animadores para a humanidade.
Autor de 11 livros disponíveis em nosso catálogo.
Este livro apresenta os resultados de pesquisa conduzida pelo Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais (IEEI) que investigou as Tensões estruturais entre meio-ambiente e crescimento econômico. Congregando especialistas de vários setores (economia, sociologia, filosofia, antropologia, física e ciência ambiental) e diferentes países, ela desenvolveu-se entre 2007 e 2008 e procurou aprofundar uma visão anti-hegemônica da natureza sistêmica de um dos maiores impasses civilizacionais deste século: a espécie humana corre um sério risco de desestabilização porque sua saúde e suas atividades dependem do bom funcionamento dos ecossistemas - que estão colapsando - e de recursos naturais abundantes, que passam a escassear devido aos nossos modos de produção e consumo.
O autor Gilberto Dupas é um dos principais estudiosos das lógicas e efeitos do capitalismo global e volta ao tema da globalização nesta obra, onde aborda os destinos da humanidade, tratando de suas incursões na filosofia, na política, na economia e apontando os impasses gerados nessa nova ordem global. Aborda a assimetria entre os poderes que os principais atores econômicos, políticos e sociais exercem sobre a nova ordem global e caracteriza as instabilidades e os impasses na formulação de modelos consistentes de equilíbrio e governabilidade sistêmica para a primeira metade do século XXI.
Este livro busca analisar a quem dominantemente o progresso serve e quais os riscos e custos de natureza social, ambiental e de sobrevivência da espécie que ele está provocando; e que catástrofes futuras ele pode ocasionar. Principalmente, procura determinar quem escolhe sua direção e com que objetivos, mantendo uma perspectiva crítica em relação ao discurso hegemônico.
Este livro, fruto da pesquisa "Perspectivas de Crescimento Sustentado da Economia Brasileira", desenvolvida pela equipe do IEEI durante todo o ano de 2006 - com a colaboração de especialistas e professores de várias universidades brasileiras - visa a examinar as razões estruturais pelas quais o país esteve submetido a um crescimento econômico medíocre por quase duas décadas, especificamente após a abertura econômica levada a efeito a partir do final dos anos 1980. Mas, principalmente, tenta identificar os gargalos a serem superados para que o Brasil possa retomar um padrão de desenvolvimento compatível com o alívio de suas tensões sociais.