REFLEXÕES E DEBATES
Tema de discussões importantes no âmbito internacional, as operações de manutenção de paz das Nações Unidas ganharam notoriedade no Brasil somente a partir de 2004, quando o país assumiu o comando militar da operação de paz do organismo no Haiti (MINUSTAH). A sociedade brasileira começou a levantar questões acerca do motivo da participação do país na crise haitiana e a mostrar-se curiosa a respeito das causas do fenômeno, deflagrando a produção de grande número de publicações, eventos e reflexões sobre o assunto nas universidades do país. Este livro, ele próprio resultado do movimento virtuoso em curso, reproduz estudos alocados na linha de pesquisa “Paz, Defesa e Segurança Internacional” do Programa Interinstitucional de Pós-graduação em Relações Internacionais “San Tiago Dantas” da Unesp, Unicamp e PUC-SP.
O volume divide-se em seis capítulos, cada qual dedicado a um tema específico. Os três primeiros, porém, podem ser considerados introdutórios - o primeiro capítulo trata do panorama das operações de paz das Nações Unidas nos anos 1990 e da crise de responsabilidades; o segundo é uma reflexão sobre a recuperação de países e sociedades pós-conflito; o terceiro capítulo debate a inserção da perspectiva de gênero nas reuniões entre Estados-membros das Nações Unidas.
Uma abordagem singular e criativa da participação de mulheres nas guerrilhas timorenses, como vetor de construção para uma nova identidade nacional, é o assunto do quarto capítulo. Já o quinto capítulo investiga os interesses estatais e o discurso diplomático brasileiro motivadores da participação do país na MINUSTAH. Por fim, o foco dirige-se ao Uruguai, o país do continente americano que mais contribui com contingentes militares para as operações de paz, sejam estatais, diplomáticos ou de oficiais militares.
Autor deste livro.
Para Giddens, estamos em uma época na qual a modernidade ultrapassou os seus próprios limites. Nessa perspectiva, surge a tarefa de traçar novo papel para uma política de esquerda, o qual se consolidará na noção de terceira via desenvolvida pelo autor e implementada na Grã-Bretanha atual. O fim da natureza como entidade independente da ação humana, o impacto da globalização, a eclosão do fundamentalismo, a persistência da dimensão de gênero e a necessidade de uma teoria normativa da violência aparecem neste livro como alguns dos elementos relevantes para a implementação de uma nova política verdadeiramente democrática.
Esta obra indispensável de Edward Saíd, ícone da resistência política e cultural da Palestina, está sendo editada pela primeira vez no Brasil. Escrita entre 1977 e 1978 e publicada originalmente em 1979, foi atualizada pelo autor no prefácio à edição de 1992.
Coletânea de ensaios que analisam as variáveis que compõem o perfil das sociedades capitalistas contemporâneas a fim de abrir linhas de proposição para novas políticas de esquerda. Diante do fracasso das utopias históricas do comunismo e da crise de paradigmas que assola as sociedades ocidentais, este conjunto de textos aparece como base de um possível pensamento de esquerda pós-comunista.
Carlos Lopes e Thomas Theisohn abordam neste livro o desenvolvimento de capacidades, tema que suscita debate sobre o lugar das agências internacionais, o modo pelo qual transferem recursos, equipamentos e assistem tecnicamente comunidades e países, com o objetivo de estimular o desenvolvimento econômico e social. Para eles, os países só se desenvolvem quando conseguem expandir a capacidade das pessoas, o que significa afirmar que o desenvolvimento de capacidades é apenas uma dimensão de um movimento maior, ligado ao esforço dos países para superar suas próprias fraquezas e problemas. Desenvolvimento de capacidades tem como primeiro e último objetivo levar um país ou uma comunidade a prescindir da ajuda internacional.
Este livro é uma bem fundamentada e criativa reflexão sobre alguns dos mais importantes autores modernos e contemporâneos (Kant, Hegel, Fichte, Marx Weber, Lukács, Freud, Adorno entre outros) em torno de problemas políticos decisivos de nosso tempo, do ponto de vista da emancipação humana.