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O oitavo volume da Coleção Revoluções do Século XX, dirigido por Emília Viotti da Costa, apresenta um panorama histórico com ampla base factual da guerra e da revolução vietnamitas, "que representam um dos mais significativos acontecimentos históricos contemporâneos. Mais do que uma descolonização acidentada, em seu conjunto se trata de um trabalho de mobilização popular para a resistência ao fascismo do regime de Vichy, ao militarismo japonês, à potência colonial francesa, à superpotência norte-americana e para a transformação social. O conflito do Vietnã foi também um elemento fundamental no desgaste do império americano. A história do Vietnã no século XX é a história de uma luta anticolonial pela independência nacional, de uma revolução socialista e de várias guerras de projeção internacional. É notável como um pequeno país pôde ter se tornado pivô da política mundial e sobrevivido em meio às mais complexas alterações das alianças. Mas, além disso, o país também é destaque por ser um dos regimes socialistas que sobreviveram ao colapso da União Soviética, sua aliada e protetora, com um Partido Comunista ainda no poder".
Na 18ª obra da Coleção Revoluções do Século 20, Paulo Fagundes Visentini traça o cenário que possibilitou a eclosão das revoluções de cunho social ou socialista na África nos anos 1970, focalizando as consideradas mais marcantes: as que mudaram os regimes de Angola, Moçambique e Etiópia.
O autor examina os três grandes ciclos de atividade radical: a fase de formulação do grande horizonte radical - representado pela obra de González Prada, Haya de la Torre e Mariátegui; a forja do campesinismo contemporâneo e sua correspondente tentativa de longa marcha armada, representada pela geração do agrarista trotskista Hugo Blanco Galcós e do "aprista rebelde" Luis de la Puente Uceda; e o ciclo constituído por três projetos que aspiravam estabelecer no mundo rural andino as bases da sua própria versão de nação pós-oligárquica: a "revolução militar" do general Juan Velasco Alvarado, a "nova esquerda" pós-guerrilheira e a "guerra popular" senderista encabeçada por Abimael Guzmán Reynoso.
Nesta obra, a abordagem do processo histórico cubano toma como referência o contexto vivenciado pelos atores da revolução, considerando suas opções e decisões à luz dos dilemas apresentados pela realidade de uma época marcada por fortes constrangimentos externos originários da guerra fria entre os Estados Unidos e a União Soviética. Será essa a base da reflexão sobre os desafios atualmente colocados para a continuidade do processo iniciado nos anos 50. Na ocasião, uma profunda reestruturação interna da economia e sociedade cubanas e o desafio à hegemonia dos EUA sobre a América Latina, cujos países haviam iniciado um processo de industrialização voltado para o mercado interno, visando ao atendimento de prioridades nacionais, passa a receber pressões externas em favor da abertura das economias à penetração do capital estrangeiro e à instalação de filiais de empresas multinacionais.
Diferentemente de Fidel Castro, o presidente Allende chegou ao poder através das urnas e todo o seu "processo revolucionário" foi pacífico, um consciente "caminho democrático para o socialismo", realizado com liberdade de expressão e de imprensa, e eleições multipartidárias regulares e competitivas. Essa revolução singularmente democrática ficou conhecida como a vía chilena - "o caminho chileno para o socialismo". Essa revolução chilena é o tema deste livro.