ESTRADA DE FERRO SOROCABANA (1920-1940)
Este livro apresenta uma análise da dimensão política da organização do processo de trabalho da Estrada de Ferro Sorocabana, num período caracterizado pela introdução de práticas racionais e científicas, em sua estrutura técnica e administrativa. A preocupação em recuperar as experiências vividas cotidianamente pelos ferroviários, em suas relações sociais no espaço do trabalho, vinculou-se à hipótese sobre a existência de uma luta política no cotidiano do processo produtivo
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Em Petróleo e Poder -- O Envolvimento Militar dos Estados Unidos no Golfo Pérsico, Igor Fuser se debruça sobre a dimensão energética, numa abordagem que foge de tentações conjunturalistas animadas pela forte visibilidade do tema. Num percurso que incorpora a perspectiva histórica, o debate teórico e o processo que conduz ao intervencionismo nessa região, o autor nos apresenta uma análise extremamente elucidativa dos significados econômicos e estratégicos do petróleo na política externa estadunidense, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, quando o país assume explicitamente a posição de grande potência.
Este livro mostra como Kelsen ocupa um lugar fundamental não só no estudo de direito de Bobbio, mas também em sua teoria política. O filósofo italiano confessa que deve a ele ser um defensor da chamada concepção processual da democracia, vinculada à idéia proposta por Schumpeter de como a competição entre as elites as leva a tomarem o poder por meio de eleições livres. Formulada pelo jurista austro-norte-americano Hans Kelsen, a idéia de Teoria Pura do Direito, que exclui do Direito quaisquer referências estranhas, especialmente aquelas de cunho sociológico e axiológico (os valores), consideradas áreas de estudo da Sociologia e da Filosofia, é discutida neste livro pelo historiador do pensamento político Norberto Bobbio (1909-2004).
Esta coletânea procura oferecer um panorama das tendências contemporâneas hegemônicas das ciências humanas em território anglo-saxão. Partindo das transformações epistêmicas dos últimos cinqüenta anos, o livro aponta para as possíveis perspectivas de transformação. Colaboram nesta pesquisa autores como J. C. Alexander, G. C. Homans, H. Joas, R. Münch, J. C. Heritage, I. J. Cohen, I. Wallerstein, R. Miliband, A. Honneth, T. P. Wilson, além dos próprios organizadores.
Este livro sustenta a centralidade da sociabilidade para a compreensão das condições de pobreza urbana, tanto no que diz respeito ao acesso a bens e serviços obtidos via mercado quanto no provimento aos indivíduos de elementos oriundos de trocas e apoio social. Embora essa afirmação possa parecer simples a um leitor não especialista, que considere evidente que o cotidiano dos indivíduos influencia as suas condições de vida, os principais debates acadêmicos sobre o tema foram construídos de tal forma que acabaram por apontar em outras direções.
Anthony Giddens trata neste livro do “futuro da Europa" e das possibilidades da social-democracia europeia no mundo moderno. Defensor convicto da União Europeia, ele situa o debate no contexto de uma economia global em intensa transformação. Para Giddens, é fundamental que se faça uma reflexão profunda de todo o projeto europeu, cuja existência e poder de influência correm o risco de naufragar em meio à atual crise, juntamente com a moeda única. Se o euro sobreviver “em boa forma”, porém, a UE seria um ator-chave na reconstrução, juntamente com EUA e particularmente China, da teoria econômica que embasa a desregulamentação, hoje submetida a uma “estrutura intelectual mais ou menos em ruínas”.