INTERTEXTUALIDADE E PARODIA EM JOSE SARAMAGO
Tomando como ponto de partida o Memorial do convento, de José Saramago, o esquema interpretativo de Odil, fundamentado em Bakhtin, Benjamin, Barthes e Antonio Candido, permite que se desvendem as principais tensões sobre as quais este romance se estrutura: o discurso narrativo dos períodos de formação da literatura portuguesa versus os modos e as formas do romance da modernidade.
Autor deste livro.
Este livro, escrito por professores universitários de diversas instituições e origens, apresenta diferentes modos de ler os textos juvenis, procurando atribuir sentidos a uma produção literária contemporânea que cobra novas respostas interpretativas. Os estudos aqui reunidos caracterizam-se por uma tendência de, no esforço de adequar o instrumento de análise ao objeto em foco, mimetizar o caráter intersticial da adolescência, pondo à prova as obras juvenis quanto a sua autonomia estética e quanto a sua capacidade humanizadora, por meio de uma problematização que recusa qualquer abordagem pasteurizada e apaziguadora e que revela as contradições típicas de uma zona de fronteira.
Neste livro são estudadas, em suas múltiplas implicações, o romance de Jorge Amado (1912-2001), produzido na década de 1930, e o romance neo-realista português, publicado no início da década de 1940. O objeto de trabaho são as obras que se destacam pela ênfase política e pela existência de traços literários convergentes que apontam para a revalorização do realismo e o aprofundamento da temática social. A tese norteadora pretende demonstrar que o projeto estético-ideológico de Jorge Amado foi incorporado pelos neo-realistas na primeira fase do movimento, contribuindo para o surgimento de um novo romance social em Portugal, em que os elementos da composição literária apresentam afinidades estéticas e ideológicas com a narrativa empenhada do autor baiano.
Livro que procura discutir parte da obra de GUIMARÃES ROSA como sendo a de um intérprete do Brasil, de forma peculiar (como afirma o autor) que, nos seus três primeiros livros, apreciou os costumes da vida pública junto aos da vida privada, os familiares e amorosos, próprios do romance. Demonstra como as três obras iniciais de Rosa, .Sagarana, Corpo de baile e Grande sertão: veredas, se relacionam e se imbricam, podendo as duas primeiras ser consideradas como estudos preparatórios para Grande sertão. Nessa perspectiva, o autor investiga a genealogia e a formação do herói jagunço; a gestação dos paradigmas amorosos de Grande sertão, já incubados em Sagarana e desenvolvidos num dos romances de Corpo de baile; e a teatralização do drama civilizatório no Brasil.
Estudo de características da prosa de ficção dos romantismos alemão e brasileiro, considerando as peculiaridades de cada movimento e as circunstâncias histórico-literárias em que surgiram. Abrangente e documentado com seriedade, o livro trata de questões relativas ao tema, como transcendência, subjetividade etc. de modo bastante claro e preciso, sendo de leitura agradável e de fácil compreensão mesmo para um público não especializado.