Inflação, desemprego, delinqüência, saúde, consumo, analfabetismo são expressos por taxas. Os governos, as instituições e as empresas se orientam por diagnósticos que são calcados sobre pesquisas de opinião. Há uma verdadeira rede, que nos envolve a todos e que se alimenta fundamentalmente das estatísticas. Este livro procura desmontar as bases desse imenso edifício, levantando a questão da objetividade e da legitimidade de inúmeras afirmações que assumem foros de verdade.
Autor deste livro.
“Este livro examina como os retardatários [o "resto"] avançaram em um ambiente em que o conhecimento era de difícil acesso e constituía uma barreira à entrada erigida pelas empresas estabelecidas. Analisa as propriedades gerais do "aprendizado puro", ou da industrialização "tardia", com base inicialmente em tecnologias que já eram comercializadas por empresas de outros países. O comportamento em mercado de economias que se industrializaram durante a Primeira e a Segunda Revoluções Industriais com o auxílio de tecnologias radicalmente novas mostra-se distinto do comportamento em mercado de economias que se industrializaram na ausência de quaisquer produtos ou técnicas de produção originais, ambos tendo requerido diferentes políticas, instituições e teorias para que o desenvolvimento econômico tivesse sucesso. Por ser exclusivo e específico de cada empresa, o conhecimento é tudo, menos universalmente disponível e gratuito. Ele é a chave para o desenvolvimento econômico, que envolve uma conversão da criação de riqueza centrada eam ativos primários baseados em produtos para a criação de riqueza centrada em ativos baseados no conhecimento."
Elmar Altvater trata aqui das conseqüências do esgotamento dos recursos naturais pelo capitalismo contemporâneo. Ao privilegiar uma determinada estratégia energética, o capitalismo perpetua as condições de pobreza dos países do Hemisfério Sul, pois os países do Primeiro Mundo dependem daquilo que o autor chama de modelo fordista fossilista. Como forma de ultrapassar esse impasse, o livro defende a ecologização da economia e a substituição da atual base energética da produção por intermédio do paradigma da revolução solar.
Um dos maiores best-sellers recentes da França, O horror econômico faz o balanço da atual crise global do trabalho. Para Forrester, o quadro de crise demonstra uma das verdades maiores do capitalismo pós-industrial: a nova estrutura de produção, presente tanto nos países centrais quanto nos periféricos, não proverá emprego para a população ativa. Isso nos coloca diante de um impasse. Os problemas implicados por essa realidade econômica aparecem como um drama moral que questiona o próprio projeto civilizatório da modernidade.
Obra clássica que apresenta uma seleção de artigos e trabalhos avulsos, de alta qualidade, da professora Alice Canabrava, uma das fundadoras da moderna Historiografia Econômica no Brasil. Relata a História Econômica do Brasil, referindo-se à grande propriedade rural, à influência do Brasil na técnica do fabrico de açúcar nas Antilhas no meado do Século XVII, às manufaturas e indústrias no período de D. João VI no Brasil e à grande lavoura. Aborda um esboço da História Econômica de São Paulo, considerando os níveis de riqueza na capitania de São Paulo (1765-1767), a repartição da terra na capitania (1818), as terras e escravos, as máquinas agrícolas e as chácaras paulistanas. Apresenta, também, Historiografia e Fontes importantes, como Varnhagen, Martius e Capistrano de Abreu, relacionando história e economia, fontes primárias para o estudo da moeda e do crédito em São Paulo, no século XVI, bem como fontes primárias sobre o escravismo.
Os países desenvolvidos estão tentando "chutar a escada" pela qual subiram ao topo, ao impedir que os países em desenvolvimento adotem as políticas e as instituições que eles próprios usaram. Estudo novo e estimulante no qual o autor examina a pressão que o mundo desenvolvido exerce sobre os países em desenvolvimento para que adotem certas políticas e instituições hoje consideradas necessárias ao desenvolvimento econômico, mas que não foram seguidas por eles no passado.