A preocupação desta obra é a de transmitir ao leitor médio o vocabulário, as perspectivas de análise e as grandes referências da filosofia política que irão permitir um municiamento teórico para o prosseguimento de estudos mais complexos dentro desta disciplina.
Autor deste livro.
Este livro constitui o que poderíamos tomar como uma seleção de autores e posições básicas e inevitáveis na teoria do conhecimento tradicional, embora possuindo capítulos mais centrados em determinados autores, e outros mais propriamente conceituais. Esse é o caso dos três primeiros capítulos, que entram diretamente em discussões analíticas a partir de elaborações contemporâneas, como o problema de Gettier, antecipado por Russell em seu livro Os problemas da filosofia (de 1912). Entretanto, os capítulos 4 a 7 retornam a uma apresentação mais histórica, embora não exatamente como uma mera exposição das doutrinas de Descartes (racionalismo), de Hume (empirismo britânico), de Kant (filosofia crítica) e do positivismo lógico do Círculo de Viena (em especial de Rudolf Carnap).
Poucas ciências trabalham tanto com a mente quanto a Lógica. O autor não só explica em que ela consiste, como também percorre os seus meandros. Desvenda o que vem a ser inferência, dedução, indução e outras conceituações. Mostra, ainda, as diferenças entre a lógica clássica e a não-lógica, além de apresentar lógicas alternativas, como as polivalentes, a intuicionista e as relevantes.
As relações entre Jean Piaget (1896-1980) e os filósofos nem sempre foram pacíficas. Nesta sugestiva e harmoniosa reunião de textos, Barbara Freitag, conhecida socióloga alemã e freqüente colaboradora das universidades brasileiras, examina a obra do criador do Centro de Epistemologia Genética de Genebra, à luz do grande racionalismo ocidental. Os pensadores aqui examinados são Rousseau, Kant e Habermas. Do desenho que se traça de Piaget como antigo filósofo e de Piaget como futuro filósofo, o que acaba sobressaindo, em meio às tendências irracionalistas correntes, é um claro perfil de Piaget como filósofo, com o que o presente livro se revela um importante instrumento crítico para a reavaliação das numerosas "leituras" de Piaget que se fazem no Brasil.
Ao tomar como fio condutor uma análise da faculdade de julgar, o autor tenta explorar a relação entre lógica, metafísica e política em Kant, para mostrar como as unidades discursivas, ou seja, os conceitos práticos puros, encontram seu modo de realização no uso público da razão, no exercício público da faculdade de julgar. Como institucionalização da atividade reflexionante do julgar, surge a política, por meio da qual as pretensões jurídicas encontram seu meio de legitimidade e correção.
A Enciclopedia que simboliza um dos maiores e mais complexos projetos editoriais da história, ganha sua mais abrangente tradução já feita em português. São cinco volumes, ilustrados com 173 imagens reproduzidas da edição original, que reúnem 298 verbetes selecionados segundo sua qualidade literária e nível de argumentação por Pedro Paulo Pimenta e Maria das Graças de Souza, os organizadores. Os textos são de 37 dos mais consagrados entre os 140 autores identificados na edição original, do século 18, como os filósofos Rousseau e Voltaire, o naturalista e médico Daubenton e o economista Turgot. Temáticos, os volumes abordam o sistema de conhecimentos, ciências e política, além de ética e estética (o primeiro tomo traz o plano da obra e apresentações, inclusive as da edição original).