A autora põe em evidência a epopéia em prosa como gênero misto, como o mais misto dos gêneros, ainda assim gênero, que se distingue do romance, tanto do que a precede, o de cavalaria, quanto do que a sucede, o da generalidade que cavalga esse nosso século XIX.
Autor deste livro.
O livro A Voz e o Sentido é uma contribuição aos estudos de poesia oral com base em uma pesquisa de campo com vários narradores, realizada no pantanal sul-mato-grossense. Seu principal objetivo é ouvir os moradores ribeirinhos para compreender as maneiras de produção, manifestação, armazenamento e (re)significação do texto poético oral. A leitura dos relatos resulta numa tentativa de desatar a poesia oral dos grilhões da escrita e, para tanto, de compreendê-la em seu sentido dinâmico.
Este livro reúne ensaios que buscam mapear a presença dos estudos literários referentes a Angola no quadro das universidades brasileiras. Trata-se de uma antologia que abriga ensaios sobre autores, obras e problemas desse repertório, um espectro que revela as tendências de nossas pesquisas e indica os centros em que a produção angolana desperta interesse.
"Se a Amazônia, hoje mais que nunca, torna-se um espaço-chave para o prosseguimento da aventura humana no planeta Terra, e com ela todas as formas da biodiversidade cuja evolução desencadeou e, depois, acompanhou a da nossa espécie, a consciência do processo, no entanto, muito antes da dramaticidade que alcançou, teve vários momentos de elaboração e crítica, na história da ciência e da cultura, em particular na chamada literatura dos viajantes, dos cronistas coloniais aos naturalistas românticos, e destes aos primeiros ficcionistas. Todos e cada um, a seu modo, tentaram representar o sublime daquela paisagem, em seu desmesuramento de real-maravilhoso que guarda igualmente os segredos do deslumbre e do horror. Euclides da Cunha, depois do sucesso estrondoso de sua narrativa da tragédia sertaneja de Canudos, foi um dos primeiros escritores latino-americanos modernos a encarar o desafio de 'escrever a Amazônia'".
A autora estuda neste trabalho a trajetória de três brasileiros: um sargento, um capataz e um bacharel. São personagens de três obras conhecidas da literatura brasileira, Sargento Getúlio, de João Ubaldo Ribeiro, Uma estória de amor (Festa de Manuelzão), de João Guimarães Rosa, e Bangüê, de José Lins do Rego. A ênfase é dada nas diferentes modulações do núcleo dramático comum, representado pela crise de identidade do herói, provocada por seu desenraizamento.
A arte de pagar suas dívidas e satisfazer seus credores sem desembolsar um tostão é um título que já resume, de certa forma, esta peculiar obra. Datada de 1827 e publicada em Paris, seu autor é considerado Émile Marc Hilaire, que em seu tempo foi responsável por escrever uma série de “guias” como este, direcionados à elite da época e publicados por Honoré de Balzac (que, na verdade, talvez tenha sido o verdadeiro escritor da obra sob um pseudônimo). Alguns exemplos desses títulos são: A arte de nunca almoçar sozinho e sempre jantar na casa dos outros, A arte de fumar e apreciar rapé sem desagradar as belas, ou A arte de colocar sua gravata.