Num texto fadado a abalar expectativas e preconceitos ocidentais, o autor identifica os núcleos do pensamento árabe: suas aparentes contradições e especificidades, sua concepção peculiar de razão e sua característica dimensão mística. A relevância do Islã, seja por sua contribuição histórica à cultura universal, seja pela presença marcante no cenário internacional contemporâneo, torna este livro leitura apaixonante para todos aqueles interessados na formação e constituição do mundo atual.
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Em mais um livro da coleção de Theodor Adorno, este Introdução à sociologia da música compila uma série de conferências ministradas pelo pensador alemão, nas quais reflete sobre as interseções entre arte, história e sociedade. Mais especificamente, nestes textos, o autor lança questionamentos acerca dos processos que compõem as práticas de ouvir, sentir e criar música.
Um dos grandes pensadores europeus de sua época se apresenta, neste livro, em uma atividade que poucos dos seus pares aceitariam. Em fase avançada da carreira, amplamente reconhecido, Adorno não hesita em ministrar curso introdutório à Sociologia para um público numeroso e sem preparo prévio. Logo em seguida, a expressão "fase avançada" serviria também para caracterizar sua vida, embora ninguém pudesse prevê-lo naquele momento de 1968, quando tinha 65 anos de idade. Morreria no ano seguinte, de enfarte, acossado por todos os lados - não só pela direita conservadora, como era de hábito - e após amargos embates com os militantes dos movimentos estudantis, que resultaram no cancelamento do curso de Sociologia preparado para 1969. Em uma das últimas aulas do curso de 1968 ele presta emocionada homenagem a colega recém-falecido, na qual enfatiza a tristeza, o desalento e as dúvidas do amigo sobre o acerto do retorno à Alemanha após a emigração, para comentar que ele próprio havia compartilhado esses sentimentos. Impossível não enxergar nessas palavras algo de premonitório.
Com o objetivo de estimular a reflexão crítica sobre a construção social da hierarquia entre os sexos e, dessa forma, desenvolver um pensamento crítico feminista que favoreça a emancipação das mulheres e a igualdade na diferença, o Dicionário Crítico do Feminismo traz uma coletânea de rúbricas redigidas por autoras(es) especializadas(os) em cada uma das temáticas abordadas. Isto permite integrar uma pequena dimensão nacional num contexto marcado mundialmente pela dominação das mulheres pelos homens que, ao longo dos séculos, tem-se transformado e assumido novas formas que se sustentam e se fortalecem, por um lado, nos códigos sociais estabelecidos há décadas e impostos desde a infância e, por outro, em algumas políticas públicas (sociais, familiares, de emprego).
Nascida em 25 de julho de 1908, em Roma, e falecida em 19 de agosto de 2000, em Montevidéu, Luce Fabbri agitou a bandeira anarquista ao longo do século em dois continentes. A partir dos depoimentos da própria Luce Fabbri e de seus diversos textos - livros, folhetos, artigos de jornal e revista -, a historiadora Margareth Rago, professora da Universidade Estadual de Campinas e especialista em história do feminismo e do movimento anarquista, relata a vida fascinante dessa mulher que foi educadora do ensino secundário, professora da Universidade da República do Uruguai, escritora e poeta. Crítica feroz do stalinismo, Luce lutou contra o fascismo italiano e as ditaduras latino-americanas. Trata-se de um ponto de vista feminino sobre as experiências que compõem a história do anarquismo entre Itália, França, Suíça e América Latina.
O objetivo deste livro é analisar a obrigação do Estado em face do direito ao genoma humano, consdierando as novas e distintas formas de manipulação genética humana, com destaque para as técnicas de alteração do código genético humano e de clonagem humana (reprodutiva e terapêutica). Pretendemos: buscar na Constituição Federal as normas que fundamentam e delineiam a mencionada obrigação do Estado de proteger o genoma humano; distinguir e compreender as técnicas especificadas, analisando riscos e benefícios de cada uma, e ponderando as implicações éticas delas advindas; contextualizar as técnicas da clonagem humana e da alteração do código genético humano no ordenamento jurídico vigente, analisando as normas constitucionais e infraconstitucionais aplicáveis à matéria; destacar a importância da participação da sociedade civil no processo de tomada de decisões sobre a manipulação do genoma humano, como pressuposto para a própria legitimidade das medidas políticas e legislativas a serem tomadas pelo Estado; refletir sobre a emergência desse novo direito humano – ao genoma humano -- , indagando sobre seu conteúdo, alcance e sua inserção nas gerações de direitos humanos, para, então, refletir sobre o surgimento de uma 4ª geração de direitos humanos, oriunda das revoluções biológica e biomédica.