E SUAS FRONTEIRAS, DE FREDRIK BARTH
De maneira competente e interessante, esta obra procura localizar historicamente o conceito de etnicidade. Para tanto, empreende análise de como os conceitos de raça, etnia, Estado e Estado-nação foram usados por autores do século XIX. O livro traz ainda um artigo clássico de F. Barth, referência fundamental para os estudos etnológicos.
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Esta obra procura localizar historicamente o conceito de etnicidade. Para tanto, empreende análise de como os conceitos de raça, etnia, Estado e Estado-nação foram usados por autores do século XIX. O livro traz ainda um artigo de F. Barth, considerado um texto de referência para os estudos etnológicos.
Esta coletânea carrega uma das características mais reveladoras do perfil de Gilberto Dupas (1943-2009): a do intelectual público. A obra reúne 35 artigos de sua autoria, selecionados entre os publicados na grande imprensa paulista, em especial nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo entre 1985 e 2009.
As ciências sociais no Brasil chegaram pelas influências alemãs em Tobias Barreto e inglesas em Sílvio Romero, além da filosofia e sociologia do direito. Tobias antecipou-se aos neokantistas enquanto Sílvio preferiu Spencer, ambos contra o positivismo de Comte. Estas idéias da Escola do Recife estão nas origens dos estudos de sociologia, antropologia e política no Brasil. Elas vêm até à geração de Gilberto Freyre e discípulos.
A autora revisita a obra de Oliveira Vianna, intelectual estigmatizado por suas posições controversas, com o intuito de buscar o bacharel em Direito, preocupado com questões jurídicas e constitucionais, que se lança num trabalho de cientista social com a convicção, amplamente aceita na primeira metade do século XX, de que a situação presente, e os problemas econômicos, políticos e sociais do Brasil só seriam corretamente equacionados se sua história fosse bem analisada, desde os primórdios da colonização. Nesse sentido, traça um preliminar e rápido percurso pela questão da tessitura das identidades nacionais no século XIX, dado seu caráter amplo e recorrente no âmbito do universo de nossa "cultura ocidental".
O livro analisa os processos excludentes a partir das práticas, vivências e experiências de diferentes sujeitos coletivos, incorporando, assim, à dimensão material, as múltiplas dimensões subjetivas da exclusão social, além de propor uma reflexão sobre como o Estado e as políticas públicas enfrentam essa situação. O reconhecimento da desigualdade social não é uma idéia nova, mas por meio de uma abordagem teórica e política a obra traz questões importantes que mostram a urgência de respostas para esse tema.