UM PERCURSO DE INVESTIGAÇÃO SOBRE CULTURA ESCOLAR (1928-1958)
Reconstruir historicamente o perfil institucional da Escola "Joaquim Ribeiro", de Rio Claro, é o objetivo deste livro. Desse modo, Marilena Guedes analisa a cultura escolar no momento da modernização do Brasil. Esse dispositivo permite à autora recuperar os objetivos educacionais da época e a natureza das relações sociais existentes entre os diferentes sujeitos que lá atuaram.
Autor deste livro.
A autora apresenta uma análise sobre a literatura e seu ensino, procurando responde a questões como: há livros bons em si? todos devem apreciar o mesmo tipo de texto? há uma qualidade estética objetiva nas obras? há uma maneira correta de ler literatura? como definir literatura? Com linguagem fluente e acessível, sem prescindir porém do rigor acadêmico, o livro é direcionado para o público dos últimos anos de ensino médio, primeiros anos de universidade e professores em geral.
A obra é o relato da trajetória do educador baiano Anísio Teixeira, um dos principais personagens na história da educação no Brasil, nas décadas de 1920 e 1930. Começou o estudo em colégios jesuítas, foi secretário de Educação no Rio de janeiro, conselheiro da Unesco, secretário-geral da Campanha de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (Capes) e diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (Inep), onde ficou até o golpe militar de 1964. Aqui, a educação é vista como o único meio efetivo para a construção de uma sociedade democrática, na qual sejam respeitadas as características individuais, ocorrendo, assim, a inserção no grupo social com respeito à unicidade, sendo cada indivíduo visto como parte integrante e participativa de um todo.
O tema da avaliação é tratado pelas autoras com base em uma dupla perspectiva: a do conjunto de significações individuais dos processos de classificações e exames aos quais os sujeitos são submetidos no decorrer da vida e no domínio das experiências cotidianas, vinculadas ou não à escola, e ao conjunto de significações sociais dos processos que buscam classificar, hierarquizar, verificar e calcular perdas e ganhos, aquisições e desempenhos, investimentos e retornos.
Paulo Freire revela neste livro, repleto de memórias e reflexões, que a base de qualquer teoria e a chave do conhecimento encontram-se na experiência pessoal e na capacidade de aprender a partir de impressões retiradas do universo vivido. Projeto inspirado pelo desejo de sua sobrinha Cristina de conhecer melhor o tio, na época em que ele esteve exilado, propicia ao leitor a oportunidade ímpar de acompanhar o trajeto de vida e o fio do pensamento do grande mestre. O autor liga experiências do passado à realidade da sociedade brasileira. Critica severamente o dogmatismo político, repudiando tanto o reacionarismo autoritário da direita quanto os mecanicistas que tantas vezes atuam na esquerda. Torna vivas as sensações e impressões vividas e explícitos os contrastes político-sociais no Brasil. Conta como, quando criança, foi apanhado furtando um mamão e analisa tal situação ressaltando o humilhante contraste entre a fome da criança Paulo e o discurso autoritário do proprietário da fruta. Mais adiante, compara a sensação de ser apanhado com o mamão nas mãos àquela de ser preso, muitos anos depois, pela ditadura militar. O livro traz notas escritas pela viúva do autor, a historiadora Ana Maria Araújo Freire.
Em uma obra precisa e ao mesmo tempo controversa, Harry Brighouse lança um questionamento central para a reflexão de pais, educadores e formuladores de políticas públicas: afinal, qual é a missão da escola? De início, seu principal ponto de crítica está na ideia de que as instituições de ensino devem formar os futuros profissionais. Ele também refuta o pressuposto de que os professores precisam reafirmar os valores culturais de origem dos estudantes.