IMIGRANTES, MINORIAS E A LUTA PELA ETNICIDADE NO BRASIL
O autor vem preencher uma lacuna que ele próprio classifica de surpreendente: a ausência de estudos sobre o grande número de imigrantes não-europeus no Brasil. Trata-se de buscar as formas pelas quais esses imigrantes tentaram definir seu lugar dentro da identidade nacional brasileira e as relações a essas tentativas. Lesser examina o discurso das elites sobre a etnicidade não-européia no século XIX, as maneiras como os imigrantes sírios e libaneses manipularam esses discursos e, por fim, enfocando a imigração japonesa em massa no século XX, como a etnicidade e a economia de uniram para redefinir o que significava ser brasileiro.
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Este livro descreve uma guinada crucial na evolução do pensamento europeu: de uma postura introspectiva, condescendente em relação à ignorância e à falta de precisão, para uma diferente maneira de se abordar o mundo - em termos visuais e quantitativos. Crosby mapeia as origens e o impacto dessa revolução, considerando-a um dos elementos fundamentais para o extraordinário sucesso do imperialismo europeu e da supremacia do pensamento científico.
Dirigida pela historiadora Emília Viotti da Costa, A Revolução Iraniana é o 10º volume da Coleção Revoluções do Século 20. No fim de 1978, as ruas de várias cidades do Irã enchiam-se de manifestantes que reclamavam o fim do governo, uma monarquia encabeçada pelo xá Mohammed Reza Pahlevi. A ação repressiva do Exército e da polícia, fiéis ao regime, não conseguia deter a determinação dos manifestantes, massacrados às centenas, na evolução de um processo revolucionário que se baseava nos ensinamentos de um personagem religioso do século VII, o profeta Maomé. Ao qualificarmos de "iraniana" uma revolução que o mundo se acostumou, ideologicamente, a chamar de "islâmica", sublinhamos suas múltiplas raízes históricas e políticas, que o obscurantismo "racionalista" pretende ocultar mediante uma simplificação absoluta, posta, atualmente, a serviço de uma cruzada mundial contra o "terrorismo islâmico, último álibi político-ideológico do velho imperialismo capitalista”.
Em A Revolução Venezuelana, da coleção Revoluções no século 20, dirigida pela profa. Emília Viotti da Costa, o autor esclarece que os eventos tratados integram um processo político ainda em curso, o que torna a maioria das conclusões alinhavadas imersas no movediçio terreno do tempo imediato, e se pergunta: houve de fato uma revolução na Venezeula no fim do século XX ou há nesse país um processo desse tipo no início do século XXI? Responder a essa questão é a proposta de Maringoni, repassando os principais momentos e atores do cenário venezeulano e as alterações na correlação de forças interna, com suas conseqüências no plano internacional, em particular no latino-americano.
O século XX no México começa efetivamente com a Revolução Mexicana. Foi a primeira revolução com claro cunho social a acontecer na América Latina nesse século. Existem muitas razões para se refletir sobre esse singular acontecimento na história mexicana e latino-americana. Em primeiro lugar, por que deu origem a um regime estável e duradouro. Tal situação fica mais evidente se compararmos o México a outros países do sul do continente que, ao longo do século XX, passaram por golpes militares e regimes de exceção.
Historiador da filosofia conhecido sobretudo por seus estudos sobre Rousseau e Montaigne, Jean Starobinski retoma aqui a análise da gênese ideológica da Revolução Francesa. Rastreando a formação do conceito moderno de liberdade pelo imaginário estético do século XVIII, Starobinski restitui a complexidade do ideário que animou esse importante fato histórico. Análises iconográficas e textuais aparecem entrelaçadas a fim de possibilitar a compreensão das modalidades de interação entre filosofia e imaginário.