Em A Revolução Venezuelana, da coleção Revoluções no século 20, dirigida pela profa. Emília Viotti da Costa, o autor esclarece que os eventos tratados integram um processo político ainda em curso, o que torna a maioria das conclusões alinhavadas imersas no movediçio terreno do tempo imediato, e se pergunta: houve de fato uma revolução na Venezeula no fim do século XX ou há nesse país um processo desse tipo no início do século XXI? Responder a essa questão é a proposta de Maringoni, repassando os principais momentos e atores do cenário venezeulano e as alterações na correlação de forças interna, com suas conseqüências no plano internacional, em particular no latino-americano.
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O autor examina os três grandes ciclos de atividade radical: a fase de formulação do grande horizonte radical - representado pela obra de González Prada, Haya de la Torre e Mariátegui; a forja do campesinismo contemporâneo e sua correspondente tentativa de longa marcha armada, representada pela geração do agrarista trotskista Hugo Blanco Galcós e do "aprista rebelde" Luis de la Puente Uceda; e o ciclo constituído por três projetos que aspiravam estabelecer no mundo rural andino as bases da sua própria versão de nação pós-oligárquica: a "revolução militar" do general Juan Velasco Alvarado, a "nova esquerda" pós-guerrilheira e a "guerra popular" senderista encabeçada por Abimael Guzmán Reynoso.
O século XX no México começa efetivamente com a Revolução Mexicana. Foi a primeira revolução com claro cunho social a acontecer na América Latina nesse século. Existem muitas razões para se refletir sobre esse singular acontecimento na história mexicana e latino-americana. Em primeiro lugar, por que deu origem a um regime estável e duradouro. Tal situação fica mais evidente se compararmos o México a outros países do sul do continente que, ao longo do século XX, passaram por golpes militares e regimes de exceção.
A Argélia representava para o Estado francês, até meados do século XX, uma enorme extensão de terra ocupada por algumas tribos primitivas de árabes e berberes, a maioria deles muçulmanos. Um território onde todas as melhorias existentes deviam ser tributadas ao poder da França. Movidos pela forte onda nacionalista que percorreria o mundo árabe e culminou com a ascensão do pan-arabismo nasserista ao poder no Egito, os argelinos lutaram quase dez anos pela independência, conquistando com ela sua dignidade nacional e uma maior autonomia no controle do destino de seu próprio país.
Nesta obra, a abordagem do processo histórico cubano toma como referência o contexto vivenciado pelos atores da revolução, considerando suas opções e decisões à luz dos dilemas apresentados pela realidade de uma época marcada por fortes constrangimentos externos originários da guerra fria entre os Estados Unidos e a União Soviética. Será essa a base da reflexão sobre os desafios atualmente colocados para a continuidade do processo iniciado nos anos 50. Na ocasião, uma profunda reestruturação interna da economia e sociedade cubanas e o desafio à hegemonia dos EUA sobre a América Latina, cujos países haviam iniciado um processo de industrialização voltado para o mercado interno, visando ao atendimento de prioridades nacionais, passa a receber pressões externas em favor da abertura das economias à penetração do capital estrangeiro e à instalação de filiais de empresas multinacionais.