UMA VIDA PARA AS CIÊNCIAS HUMANAS
Qualquer estudo sobre a sociologia, a política, a administração, a educação e a história das idéias no Brasil passa pelo pensamento de Maurício Tragtenberg, autodidata que se tornou um dos mais criativos intelectuais brasileiros dos anos 1960-1990, sempre em defesa da democracia e contra a burocratização do movimento operário. Esta coletânea, organizada a partir de evento que homenageou o pensador, em 1999, na Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, Campus de Marília, reúne depoimentos de 28 professores, pesquisadores, sindicalistas e artistas sobre uma das mentes mais polêmicas do país.
Autor deste livro.
A história econômica da América Latina é a história da sua luta pela soberania, uma luta que desde 1979 vai perdendo terreno para uma política de ajustes macroeconômicos subordinados à Nova Ordem Internacional. É a respeito das engrenagens desse enfraquecimento que escreve Wilson Cano. Mediante um estudo envolvendo realidades nacionais de vários países latino-americanos (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru, Venezuela e Cuba), Cano apresenta uma história econômica que vai de 1929 aos dias atuais, história que não quer terminar.
Temas como a luta contra a má alimentação, a permanência do camponês na terra, a recusa a transgênicos, a biodiversidade, a ocupação do território agrícola, a diversidade cultural, a proteção ambiental e a resistência às empresas multinacionais são debatidos neste livro por José Bové e François Dufour, também membro da Confederação Camponesa, em entrevista ao jornalista Gilles Luneau.
Abrangente e rico em informações, este livro aborda dois temas da maior relevância: de um lado, o processo histórico que leva à adoção das reformas econômicas neoliberais na Argentina sob o governo Menem e os rumos seguidos na sua implementação; de outro, a reorientação drástica que se processa na condução da política externa desse país no mesmo período.
"Nesta obra analisa-se o princípio da igualdade em suas diferentes manifestações no direito penal brasileiro, desde o simbolismo penal, os aspectos éticos da proporcionalidade, a discricionariedade legislativa, a função da pena e a desproporção das penas, consideradas em abstrato, diante da objetividade jurídica das normas incriminadoras, principalmente na fase de sua elaboração, até a busca da igualdade na aplicação das leis penais brasileiras e o papel da mídia diante do tratamento desigual dos pobres, dos criminosos do colarinho branco e corruptos. ... O presente trabalho parte do prisma téorico atinente à igualdade penal até a prática vigente em um país desigual, material e formalmente, com reflexos negativos no pacto político do Estado Democrático de Direito, em que se proclamou a igualdade material como norte, mas na prática verifica-se a opção pelo 'simbolismo penal', alienante e, ao mesmo tempo, escamoteador da utilização do direito penal como instrumento destinado à contenção de demandas sociais legítimas."
Livro que enfoca parte importante da militarização da burocracia, com a influência direta das Forças Armadas em instâncias estatais de natureza civil (Comunicações e Educação). Expressa o destaque de tais áreas, a perspectiva gerencial e política de alguns setores militares sobre assuntos relevantes, nos quais reconheciam valor estratégico para o desenvolvimento do Estado. Demonstrada a importância fundamental da Educação e das Comunicações para o Estado no regime militar, a autora revela meandros da administração pública nesses dois Ministérios, durante um período de 27 anos.