A INCANSÁVEL BUSCA
O objeto deste estudo é a obra de Marguerite Duras (1914-1996), escritora, dramaturga, roteirista e membro da Resistência francesa durante a Segunda Guerra. De seu universo ficcional, marcado pela juventude passada na Indochina e pelas novelas psicológicas e herméticas, são analisados quatro livros - um deles, O amante (1984), recebeu o prestigiado Prêmio Goncourt e já foi levado ao cinema. Eles têm em comum a diluição das fronteiras entre o romance e a autobiografia e a profunda reflexão sobre a arte de escrever.
Autor deste livro.
O interesse da autora em relação ao livro A via crucis do corpo, de Clarice Lispector, lançado em 1974, deve-se, num primeiro momento, ao fato de o mesmo ter sido considerado uma "obra menor", um "desvio" ou, até mesmo, um "lixo", quando comparado às demais publicações da autora, por ter sido escrito "por encomenda", "às pressas", num período em que a escritora passava por dificuldades financeiras. Buscando suscitar elementos que permitam a (re)avaliação dessa visão, Nilze Reguera apresenta uma leitura da obra sob a perspectiva da encenação, considerando como a simulação ("parecer" e "não-ser") e a dissimulação ("não-parecer" e "ser") se entrelaçam no texto.
O tema "autobiografia" surge neste livro abordado com competência metodológica e bibliográfica, sendo uma coletânea de ensaios que estuda as diferentes possibilidades e sentidos do gênero, ou subgênero autobiografia, discutindo as relações da autobiografia com as questões identitártias, assim como analisando a intersecção da autobiografia com o romance, a escritura e a linguagem. A divisão dos capítulos insere o leitor na complexidade do tema, anunciando diferentes formas de enfocar e estabelecer parâmetros de análise.
A autora analisa a obra do Visconde de Taunay, marcada pela experiência da Guerra do Paraguai, entre outros acontecimentos históricos contemporâneos, na construção progressiva de um grande projeto nacional-monarquista, frustrado pela história, e de sua trama discursiva.
As escolas públicas de ensino básico têm acesso a livros de literatura nacional e estrangeira, além de materiais de pesquisa, garantido pelo Programa Nacional de Biblioteca da Escola (PNBE), instituído em 1997. As obras, porém, nem sempre alcançam os estudantes e docentes. O principal motivo, de acordo com a organizadora desta obra, Aparecida Paiva, é a falta de políticas públicas consistentes e continuadas de formação de leitores, acompanhadas de projetos sólidos de mediadores de leitura.
O presente volume é resultado de pesquisas extensas e detalhadas com manuscritos inéditos e poemas publicados de Euclides, estes últimos dispersos em jornais e periódicos, alguns deles já impossíveis de acessar. Do levantamento realizado nos vários acervos consultados pudemos apurar um total de 133 poemas, que podem ser desmembrados da seguinte maneira: 78 pertencentes ao caderno manuscrito Ondas ; vinte poemas dispersos e 12 postais, além de 15 variantes principais e oito secundárias. Se considerarmos que a maior reunião de poemas de Euclides feita até aqui não chegou nem a cerca de quarenta unidades, pode-se aquilatar a diferença de escala que representa o atual levantamento.