MEMÓRIA OPERÁRIA, CULTURA E LITERATURA NO BRASIL
Terceira edição revista e ampliada de um livro fundamental para pesquisas na área de história do trabalho e no campo das culturas entre operários. Desenvolve uma discussão crítica das contradições e problemas da existência de uma política cultural anarquista no Brasil. Estuda ainda a presença cultural do proletariado e das correntes libertárias no panorama literário pré-modernista da sociedade brasileira, mostrando os laços orgânicos entre a literatura social e o anarquismo.
Autor de 4 livros disponíveis em nosso catálogo.
O difundido retrato da suposta cordialidade brasileira, ilustrada pelos cenários carnavalescos ou pelo futebol, sistematicamente oculta a violência, latente ou explícita, do preconceito, da exclusão e da repressão sociais. A eficiência com que as elites ocultam essa face brutal de nossa sociedade exige um trabalho de rastreamento, de descobrimento de pistas que revelem o autoritarismo subjacente e forneçam uma interpretação mais justa. Os ensaios que compreendem este livro têm por objetivo justamente levar a cabo essa tarefa ao criticar a imagem e auto-imagem da República.
Revoluções brasileiras, cuja primeira edição é de 1897, é composto de 18 resumos históricos que começam com a história do Quilombo de Palmares e terminam com a Proclamação da República. Sua visão histórica e seu tom radical dão à obra um lugar particular nos estudos da história e da política desse período.
"Se a Amazônia, hoje mais que nunca, torna-se um espaço-chave para o prosseguimento da aventura humana no planeta Terra, e com ela todas as formas da biodiversidade cuja evolução desencadeou e, depois, acompanhou a da nossa espécie, a consciência do processo, no entanto, muito antes da dramaticidade que alcançou, teve vários momentos de elaboração e crítica, na história da ciência e da cultura, em particular na chamada literatura dos viajantes, dos cronistas coloniais aos naturalistas românticos, e destes aos primeiros ficcionistas. Todos e cada um, a seu modo, tentaram representar o sublime daquela paisagem, em seu desmesuramento de real-maravilhoso que guarda igualmente os segredos do deslumbre e do horror. Euclides da Cunha, depois do sucesso estrondoso de sua narrativa da tragédia sertaneja de Canudos, foi um dos primeiros escritores latino-americanos modernos a encarar o desafio de 'escrever a Amazônia'".
Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa de 1993, esta obra, de Manolo Florentino, está entre as que mais contribuíram para a significativa revisão pela qual passou o tema tráfico de escravos a partir dos anos 1980. Ao trazer àluz dados e formulações negligenciados ainda hoje por clássicos da historiografia brasileira, o autor desvenda a estrutura política, social e econômica que, tanto no Brasil quanto na África, possibilitou ao país tornar-se o maior importador de escravos das Américas entre os séculos 16 e 19, período em que recebeu cerca de 10 milhões de negros. Donos de negócio da tal monta, os mercadores de escravos ascenderam ao topo da pirâmide social, de onde, nos séculos 18 e 19, influenciaram de modo decisivo o Estado brasileiro.
Estudo inédito que percorre quase três séculos de nobreza no Brasil. Destaca as mudanças ocorridas ao longo do processo histórico do país, divididas em três fases: do início da colonização até 1750; do ministério pombalino à chegada da Corte ao Rio de Janeiro; e de 1808 ao movimento constitucionalista. Um retrato fiel da nobreza no Brasil Colônia que revela tanto a complexidade da vida familiar, civil, militar e política, como os esforços da nobreza para manter o seu estilo de vida, a qualquer custo.