CORRENTES E TURBULÊNCIAS
Eleito para a Academia Francesa em 1990, Serres, filósofo da ciência, argumenta que Lucrécio antecipa a física moderna. Para ele, De rerum natura (Da Natureza), do poeta latino, convencionalmente tratada como uma obra poética, contém, em seu bojo, o princípio da turbulência, essencial para o desenvolvimento da física contemporânea. Além disso, os escritos de Lucrécio, datados do século I a.C. antecipam a teoria da desordem — a entropia da física moderna.
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O que é o homem? Francis Wolff se debruça, nesta obra, sobre quatro conceitos que pretenderam definir o ser humano ao longo da história para mostrar que a percepção do que é a humanidade modifica-se através dos tempos, varia conforme as culturas, atrela-se aos projetos científicos de cada período e, principalmente, produz amplos reflexos morais nas sociedades.
Esta coletânea consiste de uma seleção de textos apresentados durante a XXVIII Jornada de Filosofia e Teoria das Ciências Humanas, realizada em outubro de 2005 na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Unesp de Marília. O tema central foi a Teoria Crítica e suas conexões com a política, a estética e a educação, sobretudo no que se refere à sociedade contemporânea, congregando artigos nos quais os conceitos críticos da Escola de Frankfurt são mobilizados pelo objetivo central de compreender dialeticamente questões como a transformação histórica da natureza, o conceito de experiência de Benjamin, a teoria crítica e a religião no pensamento de Horkheimer, reflexões sobre cultura, política e ciência na sociedade contemporâna, a indústria cultura e a canção popular no Brasil, a globalização e a indústria fonográfica na década de 1990, a sociedade unidimensional e o processo de "deseducação", a educação, o preconceito e os limites da emancipação, a formação de professores e a universidade: indústria cultural e dialética negativa.
A publicação desta preciosa obra, em 1780, trouxe à luz a produção do conhecimento produzido pelo homem até então, tornando-se o repositório das idéias iluministas que inspiraram a Revolução Francesa. A edição brasileira da Enciclopédia reúne textos selecionados por uma equipe de professores das três universidades públicas de São Paulo.
A Enciclopedia que simboliza um dos maiores e mais complexos projetos editoriais da história, ganha sua mais abrangente tradução já feita em português. São cinco volumes, ilustrados com 173 imagens reproduzidas da edição original, que reúnem 298 verbetes selecionados segundo sua qualidade literária e nível de argumentação por Pedro Paulo Pimenta e Maria das Graças de Souza, os organizadores. Os textos são de 37 dos mais consagrados entre os 140 autores identificados na edição original, do século 18, como os filósofos Rousseau e Voltaire, o naturalista e médico Daubenton e o economista Turgot. Temáticos, os volumes abordam o sistema de conhecimentos, ciências e política, além de ética e estética (o primeiro tomo traz o plano da obra e apresentações, inclusive as da edição original).
Nesta obra clássica, escrita nos anos 1930, Theodor W. Adorno antecipa muitos dos temas que se tornariam fundamentais na filosofia contemporânea – a crítica ao fundamentalismo e às ilusões do idealismo, o fim da epistemologia –, além de anunciar as ideias centrais que desenvolveria em seus trabalhos mais importantes. O livro, assim, carrega a singular característica de traçar uma ponte direta entre o período de juventude e o de maturidade do filósofo.