Esta coletânea consiste de uma seleção de textos apresentados durante a XXVIII Jornada de Filosofia e Teoria das Ciências Humanas, realizada em outubro de 2005 na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Unesp de Marília. O tema central foi a Teoria Crítica e suas conexões com a política, a estética e a educação, sobretudo no que se refere à sociedade contemporânea, congregando artigos nos quais os conceitos críticos da Escola de Frankfurt são mobilizados pelo objetivo central de compreender dialeticamente questões como a transformação histórica da natureza, o conceito de experiência de Benjamin, a teoria crítica e a religião no pensamento de Horkheimer, reflexões sobre cultura, política e ciência na sociedade contemporâna, a indústria cultura e a canção popular no Brasil, a globalização e a indústria fonográfica na década de 1990, a sociedade unidimensional e o processo de "deseducação", a educação, o preconceito e os limites da emancipação, a formação de professores e a universidade: indústria cultural e dialética negativa.
Autor deste livro.
Roland Omnès procura identificar, neste livro, novas bases para uma reflexão sobre a ciência, que se apresentem sólidas e fecundas. Perfaz um longo percurso pela História da Ciência e indica os princípios a que a ciência chegou hoje, permitindo-nos restaurar o senso comum e ao mesmo tempo estabelecer seus limites e os limites de alguns princípios de Filosofia que dele decorrem.
Instigante pensador da Filosofia da Ciência, Paul Feyerabend traz nesta obra mais reflexões sobre o saber científico. Aqui ele apresenta de forma mais contundente sua crítica a respeito da presença do racionalismo na evolução da ciência. O racionalismo é uma corrente que se baseia na ideia de que a razão, o raciocínio lógico, comanda as decisões da mente. Para o autor, entretanto, esta não seria a única forma de pensamento capaz de produzir o conhecimento científico. Ele argumenta que os grandes momentos da Ciência moderna não estão totalmente fundados na razão.
Cartas escritas da montanha constitui momento alto da produção rousseauniana madura. Traduzida pela primeira vez em língua portuguesa, a obra revela a indignação de Rousseau às condenações que sofreram suas duas obras fundamentais, O contrato social e Emílio. Neste trabalho o filósofo genebrino discute as teses básicas, religiosas e políticas, de seus escritos anteriores e lhe dá a oportunidade de refletir sobre as instituições de sua cidade de origem.
O matemático Alain Connes e Jean-Pierre Changeux, autor do célebre O homem neuronal, debatem amistosamente e o resultado é um mergulho sem precedentes nos próprios fundamentos das Matemáticas e nas fronteiras da Biologia. A discussão traz à tona temas históricos, como a indagação sobre a relação entre a Matemática e a realidade ou sobre a natureza do vínculo entre o mundo físico e o cérebro. No final, o diálogo concentra-se na questão das relações entre Ciência e Ética.
O conceito de tolerância é discutido pelo autor, verificando como ele se articula, especialmente na realidade latino-americana. Estuda não só os paradoxos que envolvem o conceito de tolerância, fundamentado no universalismo ou no relativismo cultural, mas também enfoca problemas de ordem prática relacionados à educação. Aborda alguns dos obstáculos enfrentados pelos educadores ao trabalhar com a tolerância, inserida no tema transversal da "pluralidade cultural". Aponta ainda os cuidados teóricos necessários no tratamento da temática para uma ação educativa que respeite parâmetros em que termos como "paz", "cidadania", "democracia" e expressões como "direitos humanos" sejam uma realidade prática, e não apenas um pressuposto teórico.