Este é o segundo volume da coleção Pequenos Frascos, a qual apresenta pequenos textos, menos conhecidos - e, de certa forma, "marginais" - de autores consagrados nas mais diversas áreas. O presente volume apresenta um texto escrito no início do século XII, por um autor muçulmano da Andaluzia. Trata-se da história de Hayy ibn Yaqzân, um herói solitário aos moldes de Tarzã, que parte à conquista do mundo. Suas aventuras alimentam a reflexão sobre a natureza e a cultura, a civilização e a vida "selvagem" - daí a alcunha de "filósofo autodidata". A obra de Ibn Tufayl mistura a tradição mística ao racionalismo, ilustrando perfeitamente a situação da Andaluzia medieval, que situava-se a meio caminho entre o Ocidente e o Oriente, entre a Antiguidade e a Modernidade.
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O objetivo deste livro, que se compõe de nove diálogos com alguns dos principais representantes da filosofia norte-americana contemporânea, é vencer as distâncias entre os pensadores dos EUA e os da Europa. As entrevistas realizadas pela filósofa italiana Giovanna Borradori com nove pensadores norte-americanos contemporâneos constituem uma excelente oportunidade para conhecer melhor o que eles pensam, qual é a sua formação e influências, como constroem o seu presente e quais são as suas principais indagações. Cada diálogo é uma verdadeira aula sobre uma vertente filosófica, com todas as suas potencialidades. Neste caderno de viagem pelo mundo das idéias, a entrevistadora motiva os filósofos a ultrapassarem os seus limites mentais e culturais, em diálogos profícuos sobre temas fundamentais como o pragmatismo, a filosofia analítica e a metafísica.
Ao apontar para o desespero como o pior dos males a atingir o homem, Kierkegaard edifica um estudo profundo, impiedoso, cruel até, das várias formas da luta do homem consigo próprio para a conquista da fé, que, ao final, se trata da conquista do próprio eu. "Ousarmos ser nós próprios, ousar-se ser um indivíduo, não um qualquer, mas este que somos" é o caminho proposto para busca dos "como" e dos "porquês" da existência humana. O que ele exige é que não se procure a fé e a verdade pelo abandono do humano, mas a conquista pelo mergulho do eu em sua própria transparência até ao poder que o criou.
Um dos principais panfletos da esquerda mundial, O direito à preguiça marcou a crítica do comunismo à ética do trabalho e à alienação dos sujeitos através do advento do trabalho abstrato. Escrito em 1880, o livro teve sucesso imediato e sem precedentes. Esta versão traz, além da introdução de Marilena Chauí, um discurso de Lenin nos funerais de Lafargue, o testamento político do próprio e um artigo de Jean Jaurès.
Prêmio Nobel de Química, Ilya Prigogine trata das mudanças do conceito de tempo no âmbito da ciência contemporânea. Com base em considerações sobre o nascimento do tempo e sobre a matéria-energia que dele decorre, Prigogine alude a uma ciência dos processos irreversíveis, que está apenas começando, ciência capaz de pensar fenômenos como a idade do universo e mesmo a "morte térmica", que seria o elemento indutor da origem do mundo.
A relação entre a lógica e a linguagem é um dos principais pontos deste livro. O estudo de termos como validade, conectivos sentenciais, quantificadores, termos singulares, sentenças, enunciados, teorias da verdade, paradoxos, lógica modal e polivalente ocorre de uma maneira que privilegia a pluralidade de interpretações. Dessa maneira, são gerados problemas e perguntas - nem sempre respondidas, mas invariavelmente instigantes - que permitem os professores, estudantes de lógica e, de maneira geral, a todos aqueles interessados na dinâmica da argumentação, ampliar a sua visão do assunto, estimulando o diálogo com outras áreas do conhecimento.