Produto final de uma extensa pesquisa realizada pelo IEEI, com apoio da Fundação Ford, este livro é o resultado de um projeto, iniciado em outubro de 2004, que procurou verificar as possíveis sinergias que confeririam substância ao acordo de cooperação assinado entre Índia, Brasil e África do Sul no ano de 2003. Em vez de fazer uma análise que contemplasse as estruturas comerciais dos países, suas reivindicações no âmbito internacional e os atributos técnicos que poderiam ser trocados entre os participantes, os autores optaram por uma abordagem considerada mais apropriada: identificar os potenciais pontos de convergência e divergência a partir de uma análise dos padrões de acumulação de cada um dos países, com ênfase em seus elementos estruturantes.
Autor deste livro.
O termo interdisciplinar é cada vez mais usado entre os pesquisadores das mais diversas áreas de pesquisa. Poucas vezes, porém, o tema foi tratado com tamanha lucidez como neste livro. O historiador inglês realiza um rico diálogo entre a disciplina História e suas correlatas, que incluem a Sociolingüística, a Psicologia Social e a Comunicação, entre outras. Esse esforço estimula a estudar a cultura de um prisma abrangente e eclético, que permite o diálogo fecundo entre idéias distintas de diferentes ciências.
Importante estudo sobre as condições sociais que ocasionaram o surgimento do(a) bóia-fria, no início da década de 1960, e seu desaparecimento neste fim de século, em virtude do ertiginoso processo de modernização que vem suprimindo milhares de postos de trabalho.
Com textos que mostram, explícita e implicitamente, a ligação do feminismo com as Ciências Sociais, pelo viés da Sociologia das Relações Sociais, no campo da saúde, este livro é a compilação de diversos artigos produzidos na última década, com base em pesquisas teóricas e empíricas realizadas pela autora sobre a problemática sociológica das mulheres, especificamente no referido campo. Uma lenta construção amadurecida ao longo de seu ofício de socióloga, no ensino e na pesquisa, que teve influência vital da experiência feminista que vivenciou nos anos 70 e 80, na França e no Brasil.
Vida e esperanças é um relato sobre a importância do reconhecimento na construção do cotidiano. Aborda a negação da fecundidade implicada na realização de esterilizações por mulheres de um bairro pobre urbano do Nordeste, compreendendo este evento como parte de uma busca ativa de reconhecimento de mulheres pobres enquanto pessoas num mundo repleto de controles, de violência, de emoções e de resistência. Acompanhando uma qualidade narrativa que desarma pela sua aparente simplicidade e evidente clareza, o leitor é transportado para a rede de amizades da autora onde convive com os tormentos da ambigüidade que não somente assolam as moradoras da periferia nas suas decisões sobre saúde reprodutiva e todo que isso representa para elas, mas também que assolam à própria pesquisadora social em busca de interpretações fidedignas ao que observara.