O tema central deste estudo é a análise e a reavaliação do que se convencionou chamar de "ideologia do branqueamento". A análise da "história do branqueamento" concentrar-se-á na comprovação de duas hipóteses interligadas. Primeira: o branqueamento não é, como comumente apontada pelos especialistas no assunto, uma invenção "genuinamente" brasileira que teria sido desenvolvida na virada do século XIX para o século XX. O autor pretende mostrar que o ideário de transformar negro em branco perpassou longos períodos históricos, em que o ideal do branco tem sido ressemantizado constantemente.
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Nesta obra clássica, Peter Burke sugere queHistória e teoria social, áreas tradicionalmente em conflito, deveriam ser consideradas complementares. Os estudiosos das duas esferas de conhecimento contribuiriam de forma mais profunda e ampla com o estudo das ciências humanasse pudessem interromper o “diálogo de surdos” que ainda travam, de acordo com o autor. Ele reconhece, porém, que tem crescido onúmero de historiadores e teóricos sociais “bilíngues”. Burke examina aqui a forma como oshistoriadores têm empregado — oudeveriam empregar – os modelos,métodos e conceitos da teoria socialpara abordar conflitos latentes,como a oposição entre estruturae agência humana, que estão no cerneda tensão entre as duas áreas. E também procura demonstrar como a História, por sua vez, foi utilizada para criar e validar teoriassociais. “Espero vir a persuadir os historiadores a levarem a teoria social mais a sério do que muitos deles hoje a levam, e os teóricos sociais a se interessarem mais pela História“, escreve. Revisada e ampliada, esta segunda edição de História e teoria social contém, ainda, análises sobre temas atuais, como capital social, globalização e pós-colonialismo.
"Este livro reflete sobre as complexas relações estabelecidas entre o processo de globalização e as políticas de desenvolvimento, além de identificar o papel do Estado nacional como elemento decisivo nessa conexão. Apresenta-se um quadro das discussões sobre o fenômeno, suas origens, suas interpretações e seu impacto no tema do dossiê, isto é, demarca-se a formulação e a implementação de políticas publicas nesse novo ambiente."
Banidos, rejeitados, os párias do mundo surgem no exato momento em que o Ocidente proclama uma emancipação do ser humano que, no entanto, não vale para todos. Este livro aborda esta contradição, ao contar a história do pária contemporâneo a partir do ponto culminante da Revolução Francesa de 1789 – a definição dos direitos individuais e coletivos do “homem”.
Anthony Giddens trata neste livro do “futuro da Europa" e das possibilidades da social-democracia europeia no mundo moderno. Defensor convicto da União Europeia, ele situa o debate no contexto de uma economia global em intensa transformação. Para Giddens, é fundamental que se faça uma reflexão profunda de todo o projeto europeu, cuja existência e poder de influência correm o risco de naufragar em meio à atual crise, juntamente com a moeda única. Se o euro sobreviver “em boa forma”, porém, a UE seria um ator-chave na reconstrução, juntamente com EUA e particularmente China, da teoria econômica que embasa a desregulamentação, hoje submetida a uma “estrutura intelectual mais ou menos em ruínas”.
O termo interdisciplinar é cada vez mais usado entre os pesquisadores das mais diversas áreas de pesquisa. Poucas vezes, porém, o tema foi tratado com tamanha lucidez como neste livro. O historiador inglês realiza um rico diálogo entre a disciplina História e suas correlatas, que incluem a Sociolingüística, a Psicologia Social e a Comunicação, entre outras. Esse esforço estimula a estudar a cultura de um prisma abrangente e eclético, que permite o diálogo fecundo entre idéias distintas de diferentes ciências.