UMA VISÃO ETNOBOTÂNICA
Este trabalho apresenta um levantamento etnobotânico da reserva extrativista Chico Mendes. Entre seus objetivos, destacam-se: resgatar e sistematizar as informações populares sobre as espécies utilizadas, com relação ao uso terapêutico; coletar e herborizar as espécies utilizadas pelos seringueiros; identificar botanicamente as espécies coletadas; gerar informações que subsidiem a elaboração de uma proposta de exploração econômica, com adequação ecológica e tecnológica; fornecer informações e recomendações para futuros projetos de pesquisa nessa e em outras áreas sobre as espécies levantadas;• gerar informações que contribuam para a elaboração de um Programa de Fitoterapia na rede de saúde; ajudar na manutenção do saber popular sobre o uso das plantas medicinais e contribuir para sua preservação.
Autor deste livro.
Em vários países, a associação entre os diferentes tipos de tratamento disponíveis modernos com as práticas populares e tradicionais de saúde têm sido uma das abordagens mais promissoras e eficazes para o tratamento das doenças, especialmente das camadas da população que não reúnem condições financeiras ou sociais de acessarem os serviços modernos de saúde e seus medicamentos quimicamente definidos e estudados.
Este livro traz informações sobre plantas com potencial medicinal encontradas em áreas de cerrado do município de Botucatu, Estado de São Paulo. É resultado de um trabalho realizado entre abril de 2004 e julho de 2005, vinculado ao Projeto Temático "Estudos morfológicos, anatômicos, histoquímicos e ultra-estruturais em plantas do cerrado (sensu lato) do Estado de São Paulo", Programa Biota - FAPESP. Neste livro, algumas espécies medicinais dos cerrados de Botucatu, Estado de São Paulo, estão organizadas em ordem alfabética de família botânica e, dentro desta, em ordem alfabética de nome científico. Em cada página encontram-se os seguintes dados sobre cada planta: família a que pertence, nome científico, sinonímia (quando houver), nome popular, características da planta (hábito, porte, informações das folhas, flores e frutos, épocas de florescimento e frutificação quando observadas) e suas indicações terapêuticas com base na literatura consultada. O uso comprovado de cada planta é indicado somente quando informações sobre ensaios clínicos foram encontradas.
Responsável por uma pesquisa envolvendo cientistas franceses e brasileiros, Laure Emperaire repensa a possibilidade de exploração dos recursos naturais amazônicos. Ao analisar as atividades extrativas tradicionais da Amazônia, os autores descobrem aí um componente essencial para novas estratégias de desenvolvimento que visem à conservação da floresta. Abre-se, assim, uma perspectiva possível de conciliação entre progresso e responsabilidade.
Apresenta-se como um trabalho estritamente científico e multidisciplinar. Nove especialistas tratam de aspectos básicos do tema, segundo diferentes perspectivas: a metodológica, a tecnológica, a química, a agronômica e a farmacológica. São também abordados os problemas de controle de qualidade e as questões ambientais envolvidas e o inquestionável alcance social.
Este livro introduz uma nova forma de apresentação dos dados de espécies medicinais catalogadas por pesquisas etnofarmacológicas criteriosas, realizadas na região amazônica e na região da Mata Atlântica do Estado de São Paulo. Esta cuidadosa pesquisa etnofarmacológica tem como fonte moradores da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica, ponto de partida para a identificação e catalogação de 135 espécies vegetais daquelas regiões que, estudadas pelo seu potencial medicamentoso, reúnem um valor econômico de grande interesse para as indústrias e laboratórios farmacêuticos. Aproveitar esse potencial significa não só conhecer melhor as plantas nativas que beneficiam a saúde, como também propiciar aos moradores condições de atingir o desenvolvimento sustentado com a extração e conservação dos produtos medicinais existentes no seu próprio hábitat.