UMA INTRODUCAO AO TRACTATUS DE WITTGENSTEIN
"A experiência indizível exibe uma que percorre todo o escrito: a de apresentar o projeto crítico do Tractatus do ponto de vista de algumas afinidades e contrastes com o idealismo transcendental de Kant e, em especial, o de Schopenhauer. A principal afinidade está na operação comum de uma cisão que institui o ponto de vista transcendental: a distinção entre o que pode ser dito e o que só pode ser mostrado em Wittgenstein; entre representação e vontade em Schopenhauer; e entre fenômeno e coisa-em-si em Kant. O principal contraste consiste em que, diferentemente do que ensinam as obras dos mestres idealistas, não há, nem poderia haver lugar para uma teoria do conhecimento no sistema do Tractatus. Por constituir-se em uma metafísica das relações internas entre o eu, o mundo e a linguagem, o solipsismo transcendental do Tractatus L que se enraíza na metafísica do belo de Schopenhauer L acarreta a completa dissolução de todo o campo conceitual no qual a modernidade viu florescer a epistemologia."
Autor deste livro.
Publicado pela primeira vez em língua portuguesa, este livro reúne três ensaios da irlandesa Iris Murdoch, considerada uma das maiores pensadoras e escritoras do século 20. Produzidos nos anos 1960, os textos inter-relacionam-se, compondo uma das obras mais prestigiadas da autora. Trata-se de uma sólida e dura crítica à filosofia moral, que ganhou relevância naquele período e continua influente ainda hoje. Murdoch propõe, alternativamente, uma visão ética que resgata a concepção platônica da “boa vida”.
O especialista em Filosofia Antiga, Jean-François Mattéi, discute neste livro o conceito de barbárie, desde a Antigüidade Clássica até a Modernidade. Ao lançar-se sobre vários pensadores como Hannah Arendt, Theodor Adorno, Nietzsche e Dino Buzzati, o autor procura mostrar como a barbárie se manifesta no mundo contemporâneo, na decadência da educação, na ditadura da cultura de massa e na ascensão dos regimes autoritários.
Neste conjunto de ensaios o filósofo francês Gérard Lebrun procura discutir e entender o discurso hegeliano, pondo a questão da regulação que o leitor deve adotar em relação ao Sistema hegeliano, afastando todos os juízos tradicionais sobre o andamento global do Sistema (monismo, otimismo, panlogismo, pantagrisno etc.).
Partidário da igualdade política, defensor da soberania como base necessária à constituição de um sistema representativo, Saint-Just escreveu sobre esses temas no calor dos acontecimentos revolucionários. Um dos principais textos políticos do mundo moderno, O espírito da revolução procura dar corpo aos ideais democráticos e republicanos. Sua influência foi decisiva para a formação do socialismo contemporâneo.
Obra fundamental para o pensamento democrático moderno, este livro é composto por ensaios do pensador italiano Alberto Filippi e do professor brasileiro Celso Lafer, que examinam e revelam a influência do pensamento de Norberto Bobbio fora da Itália. Filippi aborda os eixos fundamentais da obra de Bobbio e suas influências na produção intelectual na Europa e na América, enquanto Lafer se debruça na contribuição do pensamento de Bobbio no Brasil e em Portugal. Uma homenagem póstuma a Bobbio, um dos maiores teóricos do século XX, professor italiano que conseguiu aliar a moderna Filosofia do Direito, a Teoria Geral da Política e a apaixonada defesa dos direitos fundamentais, única garantia que tem a sociedade civil no plano nacional e internacional para levar adiante a socialização positiva das idéias de justiça e de liberdade.