CANTO NACIONAL E FALA BRASILEIRA NA OBRA DE MÁRIO DE ANDRADE
Este trabalho analisa a produção intelectual e o ambiente social de Mário de Andrade, após a década de 1930, em que o estudioso defendia a conformação da arte e do artista com sua sociedade, e em seus escritos encontram-se recomendações sobre o papel e a responsabilidade social dos intérpretes, em especial do cantar. "Arte e nação entrelaçam-se no que podemos chamar de sua teoria social: a construção de uma definiria o caráter de outra."
Autor deste livro.
O autor mergulha no clássico Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, para mostrar os mecanismos lingüísticos que relacionam o discurso verbal ao plástico, chegando a concepções sobre o pensamento estético de Proust, que podem ser ampliadas para o questionamento sobre a atividade artística, em suas mais variadas formas de expressão. Realiza um paralelismo entre diferentes sistemas lingüísticos, especialmente entre literatura e pintura, gerando uma ampla discussão sobre os elementos fundamentais proustianos. Mostra como o discurso se vale da palavra para romper os limites do dizível e permite uma visão da capacidade de Proust de entrelaçar intelectualismo e impressionismo, o que lhe possibilitou atingir os mais delicados matizes em sua reprodução de estados sensoriais e espirituais.
Compositor e autor canadense, Murray Schafer desenvolve neste livro a noção de "paisagem sonora" (soundscape). Trata-se de dar relevância ao chamado ambiente sônico que nos envolve como fenômeno musical, ambiente cuja paleta é composta por sonoridades que vão do ruído estridente das metrópoles aos sons dos elementos primordiais - terra, fogo, água e ar. Dessa forma, abre-se um novo domínio compreensivo da música, que não deixa de dar lugar aos sons antigos já perdidos e ao silêncio dos lugares distantes e esquecidos.
Arte Virtual: da Ilusão à Imersão, de Oliver Grau, é uma análise histórica comparativa de como a arte virtual se encaixa na história da arte da ilusão e do realismo. Oferecendo um estudo criterioso da evolução dos espaços virtuais imersivos, Grau reexamina o termo imagem para refletir a respeito das implicações dos ambientes virtuais simulados por computador.
Este livro de Marta Dantas sobre a vida e a obra de Arthur Bispo do Rosário fará o leitor pensar, sobretudo aquele que estiver habituado às tradicionais monografias sobre artistas cultos que têm lugar indiscutível na história da arte. Respeitando a particularidade da poética bruta a ser estudada, a autora analisa os objetos, as miniaturas, os escritos, as vestimentas, os bordados e o principal trabalho do artista, o Manto da apresentação, que é a "síntese da mitopoética do artista, de uma vida transformada em ilusão"; e articula Ciências Humanas, Estética e História da Arte, numa perspectiva refinada que transcende o convencional.