Compositor e autor canadense, Murray Schafer desenvolve neste livro a noção de "paisagem sonora" (soundscape). Trata-se de dar relevância ao chamado ambiente sônico que nos envolve como fenômeno musical, ambiente cuja paleta é composta por sonoridades que vão do ruído estridente das metrópoles aos sons dos elementos primordiais - terra, fogo, água e ar. Dessa forma, abre-se um novo domínio compreensivo da música, que não deixa de dar lugar aos sons antigos já perdidos e ao silêncio dos lugares distantes e esquecidos.
Autor de 4 livros disponíveis em nosso catálogo.
Vivemos imersos em um mundo de sons embora não tenhamos consciência disso durante a maior parte do tempo. O grande marco da transformação das cidades em um universo de sons desagradáveis é a Revolução Industrial, com a chegada das máquinas e o desenvolvimento da indústria automobilística. Compositor e estudioso de teorias sobre o som, o canadense, R.Murray Schafer propõe um sistema de estudo dos sons, apresenta um glossário de termos relativos à paisagem sonora e inclui uma pesquisa internacional de preferências sonoras.
Criador das expressões “ecologia acústica”, “esquizofonia”, “som fundamental”, o músico e professor canadense Murray Shafer define este livro, que a editora Unesp publica agora em segunda edição, como a primeira tentativa de que se tem notícia de estudar de maneira sistemática a “paisagem sonora”, outro de seus conceitos, o mais importante em A afinação do mundo. A centralidade do conceito é atestada no prefácio da primeira edição brasileira, onde se elege como objetivo da obra exibir a evolução da paisagem sonora no decorrer da história e evidenciar como tais mudanças podem ter afetado o comportamento humano.
Esta obra é uma coletânea de ensaios definitivos sobre a concepção sonora e musical revolucionária de seu autor, o músico canadense Murray Schafer. Reunidos em seis grandes grupos temáticos, os textos descrevem a maneira irreverente e inteiramente prática a que Murray, que é professor de música, recorre para despertar seus jovens alunos para o que ele chama de “paisagem sonora”, e não apenas para a música como esta é cotidianamente compreendida.
Publicado anonimamente em Veneza em 1720, Il Teatro alla Moda teve um sucesso editorial extraordinário: nunca esteve fora de impressão e foi traduzido diversas vezes para o alemão e para o francês. Impresso como um panfleto de 64 páginas, sem nenhum luxo de editoração, Il Teatro alla Moda era provavelmente vendido nas ruas de Veneza por alguns trocados. A primeira atribuição a Benedetto Marcello se dá numa carta do libretista Apostolo Zeno, na qual ele comenta: "O Teatro alla Moda do senhor Benedetto Marcello, irmão de Alessandro, é uma sátira deliciosa".
O autor mergulha no clássico Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, para mostrar os mecanismos lingüísticos que relacionam o discurso verbal ao plástico, chegando a concepções sobre o pensamento estético de Proust, que podem ser ampliadas para o questionamento sobre a atividade artística, em suas mais variadas formas de expressão. Realiza um paralelismo entre diferentes sistemas lingüísticos, especialmente entre literatura e pintura, gerando uma ampla discussão sobre os elementos fundamentais proustianos. Mostra como o discurso se vale da palavra para romper os limites do dizível e permite uma visão da capacidade de Proust de entrelaçar intelectualismo e impressionismo, o que lhe possibilitou atingir os mais delicados matizes em sua reprodução de estados sensoriais e espirituais.