O norte-americano Donald Richie é considerado o maior especialista vivo em cinema e cultura japoneses. Aqui ele utiliza seu vasto conhecimento para traçar o perfil não só de pessoas famosas, mas também de pessoas comuns do Japão; de gente ligada à sétima arte, como os diretores Akira Kurosawa, Yasujiro Ozu e Nagisa Oshima, ou o ator Toshiro Mifune, mas também de Sada Abe, mulher que estrangulou e emasculou o amante, servindo de inspiração para o filme O Império dos Sentidos. Há ainda o grande mestre zen Daisetz Suzuki e escritores, como o Prêmio Nobel de Literatura Yasunari Kawabata e Yukio Mishima, entre muitos outros que, "com suas qualidades e idiossincrasias", como escreve a tradutora e também estudiosa de cinema Lúcia Nagib, "constróem o retrato do Japão".
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Ao traçar um esboço histórico da genealogia da fala pública desde a Antiguidade à Idade Moderna na cultura ocidental e no Brasil nos séculos XVI, XIX e XX, o autor aborda o discurso político brasileiro contemporâneo produzido em contexto eleitoral e transmitido pela TV, mostrando as transformações por que passa o discurso político com o surgimento das novas tecnologias e o descompasso dos trabalhos analíticos que têm se debruçado sobre esse discurso ao não levarem em conta as novas relações entre práticas, representações e instrumentos técnicos. A obra propõe que o discurso político contemporâneo incorpore aos pressupostos teóricos da Análise do Discurso a Semiologia histórica de acordo com Courtine.
Um dos principais nomes da literatura satírica do início do século XX, Alexandre Marcondes Machado, o Juó Bananére, não tinha, até agora, uma edição de suas Cartas d'Abax'o Pigues. Espalhadas pelas páginas d'O Pirralho, essas cartas são um material cômico em que se mesclam o valor histórico e o literário, e as principais delas estão nesta edição revisada de Benedito Antunes.
Em Brasil em imagens são apresentados dois importantes aspectos da história do país que estão entrelaçados. Primeiro, em um momento marcante da trajetória de publicações de periódicos nacionais, estão as revistas Ilustração Brasileira (1876-1878), dirigida por Henrique Fleuiss, e Ilustração do Brasil (1876-1880), realizada por Charles de Vivaldi. A autora, Sílvia Maria Azevedo, evidencia, então, como estes produtos editoriais vinham para transmitir um ideal de civilização e progresso, próprio do final do século XIX, mostrando em suas páginas um rico acervo de “imagens de exportação”, que glorificavam, especialmente para o público estrangeiro, a modernidade do país.
Ao reproduzir as dez edições do periódico Os Ferrões, que circulou no Rio de Janeiro em 1875, este livro oferece um manancial de informações de caráter histórico e social sobre o Brasil e o mundo no período do Segundo Reinado, além de trazer à tona um interessante capítulo da história da imprensa no país.Sob a batuta de José do Patrocínio, que se tornaria uma das figuras mais proeminentes dos movimentos Abolicionista e Republicano, e de Demerval da Fonseca, que nos anos seguintes se destacaria na vida pública brasileira, o jornal alinhava-seà imprensa satírica que então florescia na Europa.
Arte híbrida: entre o pictórico e o fotográfico apresenta aspectos históricos e técnicos, em que procedimentos e linguagens opõem-se, contaminam-se ou misturam-se.