CRÔNICAS SOBRE A HISTÓRIA DA MÚSICA NO BRASIL
Após ter acesso a um documento datado de 1552, em que o bispo Dom Pedro Fernandes Sardinha solicitava que o rei de Portugal não se esquecesse de enviar novos órgãos para a colônia, a musicista Dorotéa Kerr se envolveu definitivamente no estudo do instrumento. Ela, que é organista de igreja e de recitais, pesquisa o tema e já realizou coletâneas de partituras, documentos e entrevistas com compositores que acabaram resultando em trabalhos sobre a história do órgão no Brasil.
Agora a autora utiliza este conhecimento acumulado para discorrer, ao longo de 33 crônicas, sobre o assunto. Ela divide sua obra em três momentos: organistas, compositores e construtores. Dorotéa Kerr reflete como a atividade organista costuma estar à margem da produção musical e aponta para a desvalorização da arte de preservação e manutenção dos órgãos. Neste livro, que mistura relatos com pesquisa documental, a autora realiza um registro da prática organista e de um lado pouco conhecido da história musical do país.
Autor deste livro.
O autor deste livro, Paulo de Tarso Salles, que atua como compositor, professor e violonista, examina as variadas definições e implicações ideológicas, sociológicas e políticas do conceito de pós-moderno para então discutir a música erudita brasileira produzida entre as décadas de 1960 e 1980, levantando os debates que alimentaram sua realização. Um trabalho original de uma também original perspectiva metodológica de abordagem da música erudita brasileira, sob uma visão lúcida e abrangente, extremamente útil na articulação das principais questões sobre o rumo tomado pelos músicos desde 1950.
Este trabalho trata da questão da interlocução de Eduard Hanslick com algumas das principais doutrinas estéticas de seu tempo, através do estudo de algumas das influências por ele sofridas, bem como dos conceitos filosóficos que fundamentam seu ensaio Do Belo Musical. Através da análise do texto, o autor procura compreender de que maneira Hanslick empreende sua tarefa de resolver a questão a que se havia proposto - qual seja, a de definir o belo especificamente musical - bem como a originalidade com a qual ele leva a cabo esse intento.
A autora realiza uma avaliação analítica e crítica das ações que cercam o ensino e o aprendizado musical, a partir de um segmento específico - o Contraponto, como disciplina dos cursos de graduação em Música. O desenvolvimento da pesquisa orientou-se pelo pensamento de dois educadores, cujas concepções pedagógicas são inteiramente fundamentadas na realidade social e humana em que atuaram: Paulo Freire e Hans Joachim Koellreutter.. Embora tenham exercido suas atividades em áreas distintas, há claras relações de similaridade e de complementaridade nas idéias que sempre defenderam, e que marcaram suas trajetórias como educadores. Evidencia-se, nas diferentes abordagens, a compreensão da educação como um processo de construção, movido pela consciência crítica, pela inquietação e pelo desafio que essa concepção representa ao educador. Na busca de uma abrangência que contemplasse os aspectos mais essenciais da dinâmica entre ensino e aprendizado, a investigação centrou-se em três focos que determinaram os conteúdos dos capítulos: o material didático dirigido ao estudo do Contraponto, o perfil dos alunos dos cursos de graduação, e as respostas desses alunos a uma linha didática específica do ensino de Contraponto.