O MUNDO DO TRABALHO EM DEBATE
O Serviço Social no Brasil começou a emergir como área de produção de conhecimento crítico sobretudo após a década de 1970. Nesta obra, o autor Ricardo Lara vai avaliar justamente a produção de conhecimento dessa área, analisando as principais teorias que começaram a surgir, influenciadas, em maior escala, por Marx e Lukács.
Em um segundo instante, Ricardo Lara parte para refletir sobre as questões relativas ao “mundo do trabalho” e o papel do Serviço Social no debate da situação dos trabalhadores. O autor resgata a pesquisa deste campo de estudo para também olhar criticamente as contribuições geradas para esses profissionais, debatendo a ética no trabalho e a influência do sistema de produção capitalista. Com uma visão bastante precisa do Serviço Social, Ricardo Lara já se mostra um promissor crítico para as discussões que envolvem esse conhecimento.
Autor deste livro.
A sociologia da ciência pode investigar e explicar o conteúdo e a natureza do conhecimento científico? Muitos sociólogos acreditam que não. Eles dizem que o conhecimento enquanto tal, distinto das circunstâncias ao redor de sua produção, está além de seu alcance. Voluntariamente, eles limitam o alcance de suas próprias investigações. Argumentarei que isso constitui uma traição ao ponto de vista de sua disciplina. Todo conhecimento, ainda que se encontre nas ciências empíricas ou mesmo na matemática, deve ser tratado, exaustivamente, como material para a investigação. As limitações que ocorrem aos sociólogos consistem em entregar algum material a ciências afins, como a psicologia, ou em depender das pesquisas realizadas por especialistas em outras disciplinas. Não existem limitações que repousem sobre o caráter absoluto ou transcendente do próprio conhecimento, ou sobre a natureza especial da racionalidade, da validade, da verdade ou da objetividade.
A metrópole de São Paulo vem se tornando mais heterogênea econômica, social e espacialmente e menos desigual em termos de renda, inserção no mercado de trabalho e condições de vida de seus habitantes, mesmo nas áreas mais precárias. A imagem emerge dos 13 ensaios que compõem esta obra, os quais abordam temas específicos, a partir de um diagnóstico comum, para construir um panorama atual da região metropolitana.
O autor, um dos fundadores do Partido do Trabalho da atual Rússia, descreve as mudanças que vêm ocorrendo naquele país, depois do advento da perestroika e da glasnost. Fornecendo informações e análises objetivas sobre essa situação, mostra como a velha nomenklatura se transforma na nova burguesia russa.
Um dos grandes pensadores europeus de sua época se apresenta, neste livro, em uma atividade que poucos dos seus pares aceitariam. Em fase avançada da carreira, amplamente reconhecido, Adorno não hesita em ministrar curso introdutório à Sociologia para um público numeroso e sem preparo prévio. Logo em seguida, a expressão "fase avançada" serviria também para caracterizar sua vida, embora ninguém pudesse prevê-lo naquele momento de 1968, quando tinha 65 anos de idade. Morreria no ano seguinte, de enfarte, acossado por todos os lados - não só pela direita conservadora, como era de hábito - e após amargos embates com os militantes dos movimentos estudantis, que resultaram no cancelamento do curso de Sociologia preparado para 1969. Em uma das últimas aulas do curso de 1968 ele presta emocionada homenagem a colega recém-falecido, na qual enfatiza a tristeza, o desalento e as dúvidas do amigo sobre o acerto do retorno à Alemanha após a emigração, para comentar que ele próprio havia compartilhado esses sentimentos. Impossível não enxergar nessas palavras algo de premonitório.
Peter Burke em A arte da conversação oferece uma importante contribuição aos estudos de história social da linguagem, um domínio relativamente novo que vem provocando um vivo debate interdisciplinar. Toma como ponto de partida os trabalhos dos sociolingüistas e procura entender as transformações da língua à luz do estudo da sociedade, tratando a língua como uma parte inseparável da História Social.