ESCRAVIDÃO E LIBERDADE SOB A PENA DO ESTADO IMPERIAL BRASILEIRO
Nesta pesquisa realizada por Ricardo Alexandre Ferreira são investigadas as histórias do crime e do direito, focando, mais especificamente, no período da escravidão no Brasil. Aqui, através de uma vasta pesquisa documental, o autor analisa como o escravismo aparece referenciado no código penal do Império e as diferenças de punição entre homens livres e cativos.
A grande importância deste estudo se encontra na revelação deste aspecto da vida jurídica do Brasil imperial. Por meio de processos e penas redigidas na época, e de relatórios feitos pelas autoridades reportando sua preocupação com a segurança pública, Ricardo Alexandre Ferreira leva o leitor a descobrir as implicâncias sociais e judiciais da separação entre escravos e homens livres.
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Este livro aborda o cenário da criminalidade envolvendo os escravos de uma região rural dotada de senhores de poucos escravos, na vigência do código criminal do império do Brasil (1830-1888), para avançar no entendimento das práticas e estratégias estabelecidas pelos cativos e seus proprietários ao moldarem-se reciprocamente no cotidiano. Para tanto, aborda-se o município de franca, onde os escravos representaram cerca de 26% da população, e seus delitos voltaram-se principalmente contra indivíduos livres distintos de seus senhores. o predomínio de "crimes contra a pessoa" não refletiu uma especificidade do cativeiro, pois acompanhou o padrão geral dos registros de criminalidade envolvendo a população livre.
Este estudo traça o retrato do movimento operário de Santos, na virada do século, quando se transformou em importante porto e cidade multirracial e multicultural. Trata-se de uma importante contribuição para o melhor conhecimento da história social e política do período.
Esta obra de Éttore Finazzi-Agrò convida o leitor a um voo panorâmico sobre as heranças históricas e culturais do Brasil. Mas o autor não tem como objetivo construir uma síntese cronológica da história da produção artística e cultural do país. O que ele oferece, ao contrário, é uma visão composta de fragmentos dispersos no espaço-tempo.
Corsi retorna à época do Estado Novo a fim de compreender a relação entre as diretrizes da política externa e a implementação de um projeto nacional. As vantagens políticas e econômicas alcançadas por Getúlio Vargas, na esfera das relações internacionais, aparecem como peça fundamental na costura da unidade nacional e da viabilização do processo de industrialização. Inserção mundial e consolidação nacional são assim avaliadas com base em uma óptica renovada.
Este estudo revela a importância de pregadores imperiais como gênese de uma intelectualidade brasileira, no início do século XIX. É salientado o trabalho dos freis Francisco de São Carlos, Sampaio, Sousa Caldas e Januário da Cunha Barboza, e, sobretudo, Francisco do Monte Alverne, figura ímpar na construção de uma retórica nacional. Este trabalho demonstra o papel fundamental da oratória sagrada no Brasil oitocentista, num tempo em que o analfabetismo era imenso, e a palavra falada, o principal mote às discussões locais. A Corte havia chegado recentemente, o sistema administrativo estava ainda em formação, e as igrejas constituíam os poucos espaços que reuniam a população. Entre estas, teve particular importância a Capela Real onde, aos domingos, e ram pregados os sermões - a que não é alheio o papel de D. João VI pelo apreço que tinha pela oratória religiosa. A sermonística, ou seja, a arte de redigir e pregar sermões, é o objeto deste livro onde se verifica a sua importância como elemento preponderante na prática articuladora de ideias e, mais especificamente, de um tema - a pátria. Desse modo, a par de um fervor religioso, forma-se também um sentido de identidade nacional, que vem a originar a construção de um discurso brasileiro.