CAPITALISMO E SOCIOLOGIA NO BRASIL
Guerreiro Ramos lutou ferrenhamente pelo reconhecimento da sociologia como um campo de possibilidades transformadoras. Viveu em um período de extrema efervescência cultural e política no Brasil, entre 1930 e 1964, pregando, sobretudo, a construção de um capitalismo autônomo no país. Uma figura polêmica e provocadora, que agora recebe a devida atenção neste livro de Edison Bariani Junior, resultado de sua tese de doutorado.
Aqui o autor propõe uma extensa análise sobre a trajetória pessoal e intelectual do sociólogo, realizando paralelos entre sua vida e suas ideias. Com o objetivo de revelar o trabalho e as disputas de Guerreira Ramos para a formação social brasileira, Edison Bariani Junior entrega uma obra que coloca este estudioso no seu lugar de devido prestígio e paralelamente evidencia suas importantes contribuições para a área da sociologia
Autor deste livro.
Um dos grandes pensadores europeus de sua época se apresenta, neste livro, em uma atividade que poucos dos seus pares aceitariam. Em fase avançada da carreira, amplamente reconhecido, Adorno não hesita em ministrar curso introdutório à Sociologia para um público numeroso e sem preparo prévio. Logo em seguida, a expressão "fase avançada" serviria também para caracterizar sua vida, embora ninguém pudesse prevê-lo naquele momento de 1968, quando tinha 65 anos de idade. Morreria no ano seguinte, de enfarte, acossado por todos os lados - não só pela direita conservadora, como era de hábito - e após amargos embates com os militantes dos movimentos estudantis, que resultaram no cancelamento do curso de Sociologia preparado para 1969. Em uma das últimas aulas do curso de 1968 ele presta emocionada homenagem a colega recém-falecido, na qual enfatiza a tristeza, o desalento e as dúvidas do amigo sobre o acerto do retorno à Alemanha após a emigração, para comentar que ele próprio havia compartilhado esses sentimentos. Impossível não enxergar nessas palavras algo de premonitório.
Este livro se destina, principalmente, a examinar o surgimento e o perecimento das teorias administrativas através do tempo, conforme as determinações econômico-sociais existentes. Com isto, se pretende estudar a Teoria Geral da Administração como ideologia, dentro do plano traçado e fundamentando-se em textos relevantes ao assunto. Tal análise será desenvolvida em perspectiva estritamente sociológica, no nível de sociologia do conhecimento, isto é, do estudo da causa social das teorias de administração ideológicas.
Pelo seu próprio papel questionador dos contextos sociais em que todo ser humano está inserido, a sociologia é uma ciência que recebe as mais diversas críticas, sendo acusada, por exemplo, de alienação de sérios problemas sociais ou de tratá-los de maneira excessivamente abrangente ao se valer de outras áreas do conhecimento. Nesta coletânea de artigos, Giddens, professor titular de Sociologia na Universidade de Cambridge, Inglaterra, sai em defesa de seu campo de conhecimento. Explica o que vem a ser uma ciência social e analisa as obras de Augusto Comte e Jürgen Habermas, entre outros sociólogos de renome.
Este novo livro da coleção Maurício Tragtenberg combina diferentes artigos tendo como mote o socialismo libertário em sua práxis, ou seja, nas relações entre teoria e pratica. Nesta obra, o autor examina textos de Rosa Luxemburgo, Karl Marx, Enrico Malatesta, Mikhail Bakunin, Peter Kropotkin, Nestor Makhno, Diego Abad Santillan, Durruti e Pistrak, encorajando o debate indispensável entre socialismo libertário e socialismo autoritário-dogmático.
Nesta obra, as autoras procuram elucidar as contribuições recíprocas entre as Ciências Sociais, em particular a Sociologia, e os estudos de gênero, que floresceram em especial na França contemporânea. Para isso, elas selecionaram um conjunto de autores consagrados e formados nos programas de Ciências Sociais e propuseram a um grupo de especialistas em tais autores que os questionassem acerca de um conjunto de problemas comuns. O objetivo, alcançado, era esclarecer, fazer um exame crítico e tornar acessível, principalmente a estudantes e professores, a forma como a questão de gênero aparece em obras de pensadores como Lévi-Strauss, Durkheim, Crozier, Touraine, Latour, Marx, Engels, Foucault, Arendt, Adorno, Comte, entre vários outros.