RELEITURAS CRÍTICAS DE MAX WEBER A BRUNO LATOUR
Nesta obra, as autoras procuram elucidar as contribuições recíprocas entre as Ciências Sociais, em particular a Sociologia, e os estudos de gênero, que floresceram em especial na França contemporânea. Para isso, elas selecionaram um conjunto de autores consagrados e formados nos programas de Ciências Sociais e propuseram a um grupo de especialistas em tais autores que os questionassem acerca de um conjunto de problemas comuns. O objetivo, alcançado, era esclarecer, fazer um exame crítico e tornar acessível, principalmente a estudantes e professores, a forma como a questão de gênero aparece em obras de pensadores como Lévi-Strauss, Durkheim, Crozier, Touraine, Latour, Marx, Engels, Foucault, Arendt, Adorno, Comte, entre vários outros.
O livro procura elucidar, por exemplo, como e partir de que momento, de quais elementos e objetos, a questão da definição e/ou a oposição do masculino e do feminino surge no percursointelectual dos autores escolhidos. A questão do gênero teria influenciado sua obra? Seria ali contornada, evitada ou o autor se apropriaria dela?
Ao expor, de modo sintético, as possíveis contribuições de grandes sociólogos, historiadores e antropólogos ligados à problemática de gênero ou de relações entre os sexos, identificando também as lacunas em suas obras referentes a tais questões, este livro pode ser útil como base de futuros trabalhos teóricos nas Ciências Sociais.
Autor deste livro.
As ciências sociais no Brasil chegaram pelas influências alemãs em Tobias Barreto e inglesas em Sílvio Romero, além da filosofia e sociologia do direito. Tobias antecipou-se aos neokantistas enquanto Sílvio preferiu Spencer, ambos contra o positivismo de Comte. Estas idéias da Escola do Recife estão nas origens dos estudos de sociologia, antropologia e política no Brasil. Elas vêm até à geração de Gilberto Freyre e discípulos.
Esta coletânea de ensaios foi organizada em comemoração ao centenário da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, de autoria de Olympe de Gouges, de 1791. Este documento excepcional, reproduzido aqui na íntegra, contrapõe ao universalismo abstrato da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 26 de agosto de 1779, a injustiça das condições concretas da mulher no terreno da cidadania.
Este livro faz um estudo socioantropológico da moda e de seus atores por meio da observação dos eventos e do jornalismo de moda produzido no Brasil, em particular em São Paulo, na década de 1990, demonstrando a importância da moda como possibilidade de mediação ou inserção para indivíduos em certos "grupos de status", relatando conflitos e relações de poder inerentes ao que se denomina "campo da moda".
Esta coletânea procura oferecer um panorama das tendências contemporâneas hegemônicas das ciências humanas em território anglo-saxão. Partindo das transformações epistêmicas dos últimos cinqüenta anos, o livro aponta para as possíveis perspectivas de transformação. Colaboram nesta pesquisa autores como J. C. Alexander, G. C. Homans, H. Joas, R. Münch, J. C. Heritage, I. J. Cohen, I. Wallerstein, R. Miliband, A. Honneth, T. P. Wilson, além dos próprios organizadores.
Peter Burke em A arte da conversação oferece uma importante contribuição aos estudos de história social da linguagem, um domínio relativamente novo que vem provocando um vivo debate interdisciplinar. Toma como ponto de partida os trabalhos dos sociolingüistas e procura entender as transformações da língua à luz do estudo da sociedade, tratando a língua como uma parte inseparável da História Social.