O professor Jean Marie Goulemot é um ávido leitor e também um grande frequentador de bibliotecas. Assim, nesta obra praticamente autobiográfica, que remonta às suas principais lembranças, ele nos relata suas andanças por bibliotecas da França, Espanha e Estados Unidos. Traz, portanto, uma narrativa desses caminhos percorridos, mas também serve de mote para que debata sua visão romântica dessas instituições.
Goulemot discute e defende a prática da leitura pública, dos espaços comunitários em que indivíduos com sede de conhecimento se reúnem para ler. Por isso critica, de certa forma, o uso da tecnologia nesses ambientes, que estaria criando um processo de distanciamento social diante da consulta a distância de livros. Com o intuito de cativar o leitor para levá-lo a locais de relação com o livro e com outros curiosos, este ensaio é um convite às bibliotecas em qualquer lugar do mundo.
Autor deste livro.
Este livro é resultado de uma pesquisa sobre a poesia lírica de Arquíloco, poeta grego do século VII a.C. Orientado por uma metodologia segura e atualizada, são destacados alguns aspectos filosóficos como, por exemplo, a "descoberta do indivíduo" e a "efemeridade humana", acompanhados por um estudo sobre a figura do guerreiro arcaico, armas táticas, narrativas marciais e metáforas de guerra. Trata-se de uma obra interdisciplinar que enfoca aspectos da filosofia e da história clássicas, ao lado dos da literatura.
Primeira obra de David Roas publicada no Brasil, este livro reúne seis ensaios escritos por ele entre 2001 e 2011, que apresentam sua própria concepção acerca do fantástico. Escritor alinhado ao gênero, Roas exerce aqui o papel de crítico, para o qual o fantástico, mais que um gênero, é uma categoria estética, pois transborda da literatura para as artes em geral – cinema, teatro, quadrinhos, games e demais formas que espelhem o conflito entre o real e o impossível, característico do fantástico.
Escrever cartas revela o desejo de registrar acontecimentos, racional e afetivamente, para não esquecê-los, para estabelecer uma memória de si e dos outros. Nesse sentido, Simón Bolívar lidou com sua correspondência de forma dedicada e delicada porque esteve entre seus objetivos oferecer à posteridade um personagem: o homem público irretocável, desprovido de vida privada. Neste livro, Fabiana de Souza Fredrigo empreende a releitura desse epistolário e propõe múltiplos sentidos narrativos constitutivos do que denomina "memória da indispensabilidade". No interior dessa memória, Fredrigo constata a presença do ressentimento e da solidão de Bolívar, transformados em elementos retóricos que, por sua vez, permitiram à autora demonstrar os limites em compreender a conformação de uma nova cena histórica e o apego ao ideal da liberdade desse ator histórico que venezuelanos e colombianos alcunham el Libertador.
Este livro propõe uma leitura política do conceito do trágico, numa tentativa de jogar luz sobre o desespero humano na era contemporânea, do chamado capitalismo tardio. Terry Eagleton parte da convicção de que um materialismo genuíno, que se opõe tanto ao relativismo historicista quanto ao idealismo, precisa levar em conta também os aspectos da existência que constituem as estruturas permanentes do ser humano, entre os quais está a realidade do sofrimento.