Para alguns, Antônio Carlos Gomes, mais do que um grande artista brasileiro, foi “o primeiro gênio musical não só da América do Sul como de todo Novo Mundo”. O músico, que viveu entre 1836 e 1896, foi logo reconhecido pelos intelectuais do século XIX, tornando-se, posteriormente, alvo de grande interesse do movimento modernista. Agora, esta obra de Lutero Rodrigues realiza um aprofundado estudo sobre trabalhos biográficos e bibliográficos que registram sua trajetória.
Carlos Gomes: um tema em questão mostra como Mário de Andrade, um dos principais escritores do modernismo brasileiro, encontrou na obra do compositor um vasto material para pesquisa e crítica. Entre outros muitos estudos feitos a respeito do maestro, Lutero Rodrigues aborda aqui o modo pelo qual os modernistas usaram a música de Carlos Gomes como um dos elementos de difusão do movimento.
Minuciosamente elaborado, este título resgata a memória dos princípios da música e musicologia brasileiras.
Autor deste livro.
O autor, após seis anos de pesquisa, compila, neste dicionário, um amplo repertório terminológico, que abrange um universo de centenas de instrumentos, milhares de composições e de manifestações populares, assim como inúmeras técnicas de execução.
No panorama contemporâneo, talvez nenhum criador possa igualar-se à importância teórica de Henri Pousseur. Em que pese o fato de que alguns dos conceitos mais importantes para o embasamento de suas teorias e de sua prática compositiva não sejam sempre exclusivos de seu pensamento, noções como polarização, omnipolaridade ou multipolaridade, direcionalidade, projeções e redes harmônicas, citação musical como recurso metalingüístico, periodicidade e aperiodocidade, diagonalidade harmônica, sobredeterminação, entidades harmônicas, entre muitos outros, seriam impensáveis, no amplo espectro de suas significações, sem os escritos de Pousseur.
O autor deste livro, Paulo de Tarso Salles, que atua como compositor, professor e violonista, examina as variadas definições e implicações ideológicas, sociológicas e políticas do conceito de pós-moderno para então discutir a música erudita brasileira produzida entre as décadas de 1960 e 1980, levantando os debates que alimentaram sua realização. Um trabalho original de uma também original perspectiva metodológica de abordagem da música erudita brasileira, sob uma visão lúcida e abrangente, extremamente útil na articulação das principais questões sobre o rumo tomado pelos músicos desde 1950.
A obra apresenta uma coletânea de artigos escritos por Flo Menezes. Muitos dos textos são inéditos, outros foram publicados em veículos nacionais e estrangeiros. O tema que os une é a música de vanguarda: em blocos de textos, ele discorre sobre as vanguardas históricas - Schoenberg, Berg e Webern -, passa pelas referências históricas da vanguarda - Cage, Boulez, Stockhausen, entre outros -, até chegar na música eletroacústica, da qual aborda a história e a estética.