Primeiro título da série Estudos Camponeses e Mudança Agrária, este trabalho de Henry Bernstein oferece uma visão geral do atual cenário rural no mundo. Mais do que isso, o autor promove uma profunda análise das transformações que essas regiões enfrentaram ao longo da história, por meio de uma escrita dinâmica e de fácil entendimento.
Bernstein aborda questões como a presença das empresas transnacionais no campo e a permanente concentração da pobreza no meio rural. A discussão desses temas lhe permite estudar as dinâmicas de classe nesses locais e alcançar um entendimento mais preciso das alterações sociais que ocorrem nas zonas agrárias. Nessa caminhada, o autor identifica, afinal, as razões por trás dos conflitos no campo e suas complexas relações com o meio urbano, formando, assim, um painel amplo, em um livro que se configura como a “mais profunda, original e esclarecedora análise de classe da história agrária em muitas décadas”, segundo James C. Scott, professor de Antropologia da Universidade de Yale.
Autor deste livro.
Com base na reflexão sobre o período da "Nova Economia" e seus desdobramentos e em caracterizações críticas da dinâmica do capitalismo atual, este livro tem como premissa aprofundar as dimensões estruturantes da mundialização financeira, analisar os seus desdobramentos macroeconômicos e geopolíticos, tecnológicos e de inovação; espaciais e ambientais, regional e latinoamericano, suas configurações e conseqüências, tendo como campo privilegiado os rebatimentos políticos na periferia do
Inimigos da esperança é um ensaio de Lindsay Waters que objetiva "exortar os acadêmicos a tomar medidas para preservar e proteger a independência de suas atividades, tais como escrever livros e artigos, da forma como antigamente os concebiam, antes que o mercado se torne nossa prisão e o valor do livro seja depreciado". Para ele, "os editores acadêmicos enfrentam perigos oriundos de todos os lados: do público, dos contribuintes, dos professores, dos estudantes, dos bibliotecários, de seus próprios colegas. Entre os administradores universitários e os próprios editores acadêmicos, que parecem se sentir forçados a concordar com expectativas que não são razoáveis, surgiu a idéia de que as editoras universitárias deveriam se transformar em 'centros lucrativos' e contribuir para o orçamento geral da universidade. De onde veio essa idéia? Ela é péssima. Desde Gutenberg, temos registro financeiros contínuos sobre as publicações no Ocidente, e está provado que os livros são um negócio ruim. ... E a idéia de tentar extrair dinheiro das editoras Universitárias - as mais pobres de todas as editoras - é o mesmo que esperar que os ratos da igreja contribuam para a conservação do local".
Esta coletânea de ensaios foi organizada em comemoração ao centenário da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, de autoria de Olympe de Gouges, de 1791. Este documento excepcional, reproduzido aqui na íntegra, contrapõe ao universalismo abstrato da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 26 de agosto de 1779, a injustiça das condições concretas da mulher no terreno da cidadania.
Pelo seu próprio papel questionador dos contextos sociais em que todo ser humano está inserido, a sociologia é uma ciência que recebe as mais diversas críticas, sendo acusada, por exemplo, de alienação de sérios problemas sociais ou de tratá-los de maneira excessivamente abrangente ao se valer de outras áreas do conhecimento. Nesta coletânea de artigos, Giddens, professor titular de Sociologia na Universidade de Cambridge, Inglaterra, sai em defesa de seu campo de conhecimento. Explica o que vem a ser uma ciência social e analisa as obras de Augusto Comte e Jürgen Habermas, entre outros sociólogos de renome.
Apresenta ensaios interpretativos de um livro clássico, que completou seu centenário de publicação em 2002. São enfocados aspectos artísticos, históricos e sociológicos, analisando as circunstâncias da construção da obra, uma epopéia que realiza uma avaliação histórica do episódio de Canudos e de seus personagens históricos, como o coronel Antônio Moreira César. Outros aspectos estudados são a recriação da obra para o francês e as diferentes interpretações que o livro recebeu desde o seu lançamento.