Reproduzido a partir de um manuscrito de John Locke de 1671, este texto, traduzido pela primeira vez para a língua portuguesa, é o primeiro esboço do Ensaio sobre o entendimento humano, obra que viria a figurar entre as mais importantes da filosofia moderna por ter inaugurado o Empirismoe se constituído em marco do período inicial do Iluminismo.
Mais conciso, claro e bem escrito do que o próprio livro que ensejaria, o Draft A, primeiro de dois esboços da obra, tem grande importância para a compreensão do pensamento de Locke porque apresenta sua teoria do modo como ele a concebeu, sem as deficiências de argumentos que mais tarde motivariam críticas contundentes ao Ensaio sobre o entendimento humanopor parte seus leitores mais atentos (Berkeley, Condillac e Hume). Nesse livro, editado quatro vezes enquanto Locke ainda vivia, o filósofo desenvolveu pontos obscuros, aprofundou concepções e apresentou respostas a objeções. Mas, pela dimensão alcançada pela obra e pelas variações de estilo ao longo do texto, a apreensão da tese central pelo leitor tornou-se mais difícil.
Este Draft, assim, traz o núcleo da teoria que Locke desenvolveria em seguida. Prenuncia de maneira clara os elementos fundamentais do Empirismo britânico numa estrutura que leva em conta fundamentalmente os conceitos de termo e proposição. A partir daí examina os termos simples e as proposições que se pode formar com tais termos, faz uma
sinopse do conhecimento humano, analisa o assentimento ao que não é certo, mas meramente provável, e responde a possíveis objeções.
Autor deste livro.
As duas Investigações de Hume (sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral) são agora reunidas, nesta tradução brasileira, num único volume. Com este formato, pretende-se preservar o vínculo original entre os dois textos e facilitar a leitura deste legado maiúsculo do empirismo britânico ao cenário filosófico ocidental. Os dois textos apresentados têm uma origem comum, sendo ambos condensações e reelaborações de partes de uma obra mais vasta, o Tratado da natureza humana (concebida em três partes, ou "livros" - "Do Entendimento", "Das Paixões" e "Da Moral" e, posteriormente, revisada pelo autor, devido ao estilo de sua exposição, com cuidados na condução do argumento central e com o máximo da clareza da expressão). São essas duas Investigações reunidas neste volume, que foram extraídas do primeiro e do terceiro "livros" do Tratado e publicadas em 1748 e 1751.
Esta seleção de textos clássicos de Santo Tomás discute a tríplice divisão aristotélica das ciências. Apresenta-se aqui uma vigorosa, sofisticada e freqüentemente descurada concepção do pensamento científico. Livro básico para a investigação epistemológica e para a história da filosofia e do pensamento medievais.
Eugenio Garin procura mostrar como um tipo de cultura estreitamente relacionado originalmente às cidades italianas do início da Época Moderna acaba por se constituir uma das precondições para a renovação da ciência e do pensamento científico, trazendo uma nova concepção das relações entre o homem e as coisas, universalizando assim o que parecia específico e localizado.
O Progresso do Conhecimento (1605) foi a primeira contribuição do filósofo em larga escala ao seu grande empreendimento filosófico. Constituindo um tratado sistemático redigido em inglês, é a única de todas as obras de juventude de Francis Bacon publicadas durante a vida do autor. O Progresso do Conhecimento é dividido em dois livros ou partes de extensão muito desigual. Na primeira parte, Bacon faz a defesa da excelência do conhecimento e elabora uma minuciosa resposta às objeções habituais à busca deste. Na segunda, se ocupa dos obstáculos até então impostos a seu progresso e apresenta em grande detalhe uma classificação das ciências.